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O segredo da TV a laser

Finalmente, pudemos ver aqui em Tóquio uma demo do TV a laser Mitsubishi. A empresa, por sinal, montou um dos maiores estandes da CEATEC. Deve ser a maior fila do evento: fiquei esperando quase meia hora para poder entrar na sala escura (um mini-cinema) onde eles mostraram 10 minutos de imagens super-coloridas e brilhantes. Confesso que me decepcionei um pouco: as cores não são tão impactantes quanto se imaginava (e quanto a Mitsubishi diz que são).

Voltarei ao assunto em breve, mas só como briefing posso dizer que ainda estou ressabiado com essa tecnologia. A demonstração não incluiu nenhum trecho de filme, apenas fotos e vídeos desses institucionais, imagens de paisagens etc (vejam a foto). Tem uma cena de mar, muito curta, em que as ondas não estão lá muito bem definidas, o que é sintomático. Parece que contraste não é o forte do laser. Vamos ter que investigar melhor.

Conversando depois com o dr. Hiroaki Sugiura, chefe do departamento de Tecnologia da Imagem da Mitsubishi (me apresentaram o homem como “pai da TV a laser”), ele tentou me explicar o conceito por trás da tecnologia. Vou publicar a entrevista nos próximos dias, mas em resumo ele disse que um dos “segredos” está no uso de raios laser RGB muito concentrados em combinação com chips DMD, os tais espelhinhos da Texas Instruments que são também a base da tecnologia DLP. Além disso, há uma lente grande angular desenvolvida pela própria Mitsubishi, de formato esférico, que amplia a imagem. “Tem mais um segredinho, mas este eu não posso contar”, confessou o dr. Sugiura, com um sorriso maroto.

Bem, não sei se é só isso. Peço até ajuda aos “universitários” de plantão, meus amigos e colaboradores Paulo Sergio Correia, Vinicius Barbosa Lima, Ronaldo Franchini e outros que entendem muito mais do assunto do que eu. Que a Mitsubishi aposta alto no laser, não tenho a menor dúvida. Agora, se vai dar certo, aí já é outra história.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Orlando, constata-se o que eu já havia opinado no seu blog, anteriormente. Nada mais, nada menos, é um retroprojetor DLP de tres canhões laser, com as deficiências inerentes ao sistema, que todos já conhecemos. Vantagens: Eliminação do disco de cores, aumento da potência luminosa, durabilidade do canhão laser muito maior do que uma lâmpada de descarga. Aguardamos mais novidades de sua visita à Sharp, principalmente a fabricação dos waffers que se transformarão em displays. Um grande abraço.

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