Lembro que, há uns cinco anos, alguém lançou no Brasil um produto chamado “WebTV”. Alguns jornais e revistas trataram como a oitava maravilha do mundo, uma verdadeira revolução. Durou menos de um ano e, pelo que soube na época, a empresa responsável simplesmente quebrou.
Vimos na CES uma série de fabricantes exibindo TVs com capacidade de acessar a web sem ter que passar pelo PC. Acho mais viável do que, por exemplo, emplacar o conceito de media center. Este, com todos os seus recursos, soa complicado para o consumidor médio. Quantas pessoas você conhece que querem ficar diante do TV olhando suas fotos antigas? E quantas organizam seus discos? Não me parece um atrativo interessante.
Agora, se eu puder baixar filmes e vídeos da internet e assisti-los na hora, com boa qualidade, sem ter que levantar do sofá, aí sim a brincadeira passa a ser interessante, certo? Claro, temos ainda um longo caminho a percorrer. No mercado internacional, espera-se que os primeiros TVs desse tipo cheguem no meio do ano. Vamos ver a que preço. Se a recessão mundial se prolongar, pode até ser um furo n´água!
Tomara que não.
Curiosamente, pesquisando o verbete “WebTV” no Google, encontrei estas preciosidades:
“A primeira webTV espírita do mundo”
Canal de TV pela internet (grátis)
Listagem de canais de TV web do mundo inteiro
Mais de 15 mil canais de TV em streaming
Como se enxergava a webTV em 1997!
E por aí vai… Como se vê, o que temos agora é apenas aperitivo!
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Entendo que computador e tv podem coexistir de forma pacífica e integrada, sem problemas. Aqui em casa é assim, mantenho um PC turbinado conectado em tempo integral ao ambiente de ht e não vejo motivos para a coisa não dar certo.
O grande erro que vejo é como a idéia está sendo vendida pelo mercado, pois consumidores de configurações de home theater e tvs de tela fina não são necessariamente apaixonados por tecnologia e usuários avançados de recursos de informática. São, na maioria das vezes, apenas consumidores que gostam de conforto doméstico e qualidade, e que buscam nos apetrechos tecnológicos parte dessa satisfação. Já o Media Center é para o amante real de tecnologia, aquele sujeito que entende - e gosta - de informática.
A questão é que como esse sujeito entende do assunto, dificilmente estará interessado em pagar quase R$ 10 mil num computador turbinado que ele sabe ser possível montar, com Nota Fiscal e garantia, por menos de R$ 2.500.
Assim, me parece que o conceito de Media Center (e da própria associação entre tv e computador) está sendo apresentado ao público errado, e de forma equivocada. O foco deveria estar nos aplicativos e acessórios (softwares específicos, drives Blu-ray, HDs de alta capacidade, memórias solid state, placas de captura, etc), pois dificilmente um real amante da informática terá interesse em adquirir um equipamento já pronto.Quem gosta de computador, gosta de fuçar, e não de comprar tudo pronto.
Já o tv com acesso direto à WEB e a chamada "tv interativa" são soluções para o primeiro tipo de consumidor citado, aquele que faz uso da tecnologia como forma de obter entretenimento, facilidades e conforto.
Ou seja, são públicos totalmente diferentes, mas parece que o mercado ainda não entendeu isso.
Abração e parabéns pelo Blog, acesso todos os dias.