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Sony corre atrás do 3D

Depois de ver as coreanas Samsung e LG saírem na frente com os TVs 3D, a Sony tomou a decisão de recuperar o terreno perdido. As mudanças na estrutura de comando da matriz, a partir de Tóquio e com reflexos em vários países (caiu inclusive o presidente da divisão de consumo nos EUA), retardaram o processo de colocar em prática uma estratégia que o chefão Howard Stringer já havia anunciado um ano atrás, na IFA: 3D é prioridade absoluta para todo o grupo.

Esta semana, no evento PhotoImage, em São Paulo, pudemos ver de perto uma parte das novidades. As mais atraentes têm a ver justamente com essa prioridade. Os novos TVs de LED-LCD (na foto, um deles em demonstração), em tamanhos de 46″, 50″, 52″ e 60″, estão chegando às lojas ainda este mês, com alguns diferenciais em relação à concorrência. Um painel de sensores 3D logo abaixo da tela envia sinais aos óculos ativos, que têm dois polarizadores, permitindo que o usuário veja a mesma imagem quando se movimenta pela sala; ou que várias pessoas assistam juntas com a mesma qualidade de vídeo. Sem dúvida, uma vantagem sobre os modelos já lançados, em que notamos a mudança de referência do efeito 3D dependendo do ângulo de visão. De qualquer modo, estamos aguardando a chegada de um desses TVs, para fazermos o teste na prática.

Outra novidade da Sony nessa área é a linha de câmeras compactas que gravam em 3D. Segundo Lucio Pereira, diretor da empresa, é o que falta para o consumidor ter a percepção completa do benefício que essa tecnologia representa. O que isso quer dizer? Mesmo com a carência de filmes, que só deve se resolver no ano que vem, o próprio usuário já pode criar seus conteúdos em 3D e exibi-los num TV como esses. As câmeras são minúsculas e facílimas de operar.

Quanto aos filmes, o que se sabe é que a Sony Home Video programa alguns lançamentos para novembro. Antes disso, deve sair um Blu-ray especial da Fifa sobre a Copa do Mundo, aliás gravado com câmeras Sony. Fica faltando apenas a adesão das emissoras para levar ao ar conteúdo 3D de qualidade – o que vimos até agora, no caso da RedeTV, nem pode realmente ser chamado de 3D.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

View Comments

  • INFELISMENTE ESSA TECNOLOGIA É PARA A CLASSE MEDIA ALTA E NÃO UM ASSALARIADO.
    O NOME SONY JÁ DIZ; TECNOLOGIA DE PONTA E É PARA UMA MINORIA DA POPULAÇÃO MUNDIAL

  • Infelizmente, se continuar a escrever "infelismente" com "s" vai continuar na mesma classe social e sem poder comprar Sony. Afinal, "Lulas" são exceções....!

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Orlando Barrozo

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