Segundo o site EE Times, especializado no mercado asiático, pelo menos seis grandes empresas tiveram que fechar fábricas ontem na região atingida: Sony, Fujitsu, Toshiba, Nikon, Renesas e Elpida, as duas últimas fabricantes de microprocessadores. A Fujitsu, por exemplo, havia reiniciado segunda-feira as atividades em sua fábrica de chips na cidade de Murata-cho, fechada desde 11 de março, mas esta foi novamente atingida. O mesmo aconteceu com duas unidades da Sony que produzem dispositivos ópticos e cartões de memória, em Ibaraki e Nakada, além da fábrica de diodos a laser localizada em Shiroishi, que reabriu na quarta-feira e teve que fechar na quinta.
Segundo os relatos, além de rachar paredes e provocar a queda e/ou quebra de máquinas, o terremoto tem uma consequência fatal para uma indústria eletrônica: a queda súbita de energia, que causa a queima irremediável de vários equipamentos. Já em março, as autoridades japonesas haviam determinado cortes drásticos no fornecimento de energia elétrica, o que por si só tem efeitos terríveis em instalações tão sofisticadas. Mas a sucessão de tremores provoca uma instabilidade na rede elétrica que não há como contornar.
Numa entrevista ao The Wall Street Journal, no início da semana, o presidente da Fujitsu, Masami Yamamoto, resumiu o ânimo geral: “Esta é a pior crise que atinge o Japão desde a Segunda Guerra”. Ele criticou o governo e os políticos, por ficarem brigando em vez de agirem para tratar da recuperação do país, e previu que esta só acontecerá daqui a cerca de um ano – claro, Yamamoto falou antes do terremoto de quinta-feira; agora, deve estar mais desanimado ainda.
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