Na verdade, os números não se referem às vendas nas lojas, mas às unidades que saíram das fábricas. E cobrem apenas os TVs LCD, que representam mais de 80% do mercado atual. Mas o relatório não traz somente números, analisa detalhes interessantes sobre esse segmento, tido como crucial para a indústria como um todo. “A tecnologia 3D é importante para rejuvenescer o mercado de TVs”, comenta David Hsieh, vice-presidente da DisplaySearch e responsável pela análise dos fabricantes chineses. Segundo ele, os TVs 3D oferecem margens de lucro mais altas e, portanto, escapariam (pelo menos num primeiro momento) da guerra de preços que se estabeleceu entre os fabricantes. “O problema é convencer o consumidor a não levar em conta aspectos como a falta de conteúdo, o desconforto dos óculos, as interferências e toda a confusão envolvendo formatos diferentes de 3D”, acrescenta Hsieh.
A saída que o especialista apurou junto aos fabricantes de painéis – todos chineses – é melhorar ao máximo a performance dos TVs na reprodução de imagens 2D. Afinal, estas são, e continuarão sendo por um bom tempo, o conteúdo mais assistido. Por isso, podemos esperar mais aparelhos com taxa de renovação de imagem de 240Hz e 480Hz, além de níveis de contraste mais altos. Assim, o consumidor encontraria vantagens em pagar mais pelo seu novo TV, ainda que não possa (ou não queira) assistir a filmes em 3D.
Ótimo. Pelo que vimos até agora, essa é a única forma encontrada pelos fabricantes de LCD para aproximar-se do desempenho dos plasmas.
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