Para onde vai a automacão?

Quando vi, no mapa de um dos pavilhões da CES, um pequeno estande identificado como “Philips Home Control”, logo percebi como a industria eletrônica está mudando. E como algumas empresas, em particular, estão tendo que se adaptar a essas mudanças – às vezes com enorme esforço.

Home Control – esse parece ser um mantra aqui na CES 2012. São centenas de empresas dedicadas a criar solucões para comandar, da forma mais intuitiva e prática possível, diversos aparelhos e rotinas de uma residência. Até agora, o segmento que chamamos de automação residencial era concentrado em meia duzia de empresas inovadoras e absolutamente especializadas: Crestron, Lutron, Control 4, AMX, Savant. Todas elas americanas, todas trabalhando na area há pelo menos dez anos. Não por acaso, nenhuma delas está presente à CES 2012 (pelo menos, não diretamente). Seu espaço é ocupado por dezenas de asiáticas e também um bom número de pequenas americanas, canadenses e europeias, que descobriram a “mágica” da integração.

Vimos hoje, por exemplo, o que está produzindo o consorcio Zigbee, que reúne gigantes como Philips, Texas Instruments, Legrand e Schneider, entre outras, para sustentar um padrão de comunicação sem fio que vai se ampliando cada vez mais. No estande do grupo, aparelhos de audio e video se integram tranquilamente a sistemas de telecom e informática, e também aos eletrodomésticos de uma casa. Poucos metros adiante, assistimos a demonstracões semelhantes do consorcio Z-Wave, que concentra outro grupo de empresas (Leviton, Black & Decker, Hunter Douglas, NEC, Monster Cable, D-Link etc.) com os mesmos objetivos.

No pavilhão ao lado, marcas mais conhecidas ainda – Motorola, Nokia, Microsoft, Panasonic, Sony – exibem outras maneiras de integrar seus produtos às redes domésticas para facilitar o lazer, a comunicação e a segurança.
Bem, só pelos nomes citados pode-se imaginar a quantidade de dinheiro que esse setor está fazendo girar. O que estamos vendo aqui na CES é apenas a pontinha do iceberg.