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Tecnologia muda tudo

De outro amigo, José Roberto Muratori, recebo um link mais curioso. Do escritor Erik Qualman, autor de “Digital Leaders”, uma lista de 48 itens que, segundo ele, a tecnologia irá aposentar até o final desta década. Vale a pena analisar cada um deles, embora alguns sejam óbvios: o livro impresso, o jornal, o DVD, a agência de viagens, o talão de cheques, o despertador, o operador de pedagio, o mouse… Outros, porém, são menos evidentes.

Qualman já nota, por exemplo, que a moçada já não gosta de usar relogio de pulso, substituído – com vantagens – pelo celular. Ninguém mais usa também enviar um currículo impresso a um possivel empregador; é cada vez mais comum replicar o proprio perfil no Facebook ou, melhor ainda, no LinkedIn, que é uma rede social voltada justamente para atividades profissionais. O proprio cartão de crédito tende a desaparecer, com a popularização da tecnologia NFC (Near-field Communication), pela qual já é possivel pagar contas com o celular. Mas as mudanças vão muito além, diz Qualman, com base nas pesquisas que realizou para seu livro, que analisa como devem ser os novos líderes das empresas nesta era digital.

A educação é um dos setores que sentirá maior impacto com a introdução de recursos tecnológicos. Qualman acha até que a sala de aula irá acabar: os estudantes poderão ficar em casa, assistindo a videos didáticos pelo YouTube (ou algum site do gênero) e trocando informações entre si, e com seus professores, via redes sociais. As eleições tendem a se tornar digitais, diminuindo as abstenções e permitindo a contagem dos votos em tempo real. Instituições como os correios e as lojas de departamento também estão condenadas. De fato, as maiores redes de varejo do mundo estão fechando filiais, e cada vez mais as pessoas trocam correspondências online. E é de se esperar que acabem também os postos de combustivel, surgindo em seu lugar pequenas estações de energia elétrica onde o proprio motorista pode plugar um cabo para realimentar seu carro!

Mas tudo isso tem um preço, ressalva Qualman. Ao se encontrar com uma garota, por exemplo, você já terá tantas informações sobre ela (e vice-versa) – afinal, ambos terão seus perfis no Facebook – que aquele friozinho na barriga tão romântico deixará de existir. Isso mesmo: ninguém mais terá vida privada, pois tudo que você fizer estará na rede. “Mas cada um de nós terá direito a seus 15 minutos de privacidade”, diz ele.

Belo consolo!

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • A grande maioria dos 48 itens não vai desaparecer, vão virar itens de nicho no mínimo.

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Orlando Barrozo

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