Claro, é cedo para especular o impacto que esse negócio poderia ter sobre o mercado em geral, e sobre as demais empresas. Mas não há dúvida de que a maior ameaçada é a Sky, do grupo DirecTV, principal concorrente da Dish nos EUA. Também na mira ficaria a Claro TV (ex-Via Embratel). Basta lembrar que, enquanto a Sky é a operadora que mais cresce no país em números absolutos (ganhou mais de 500 mil novos assinantes nos últimos seis meses), a Claro TV é a que mais vem crescendo proporcionalmente (multiplicou por dez sua participação de mercado em três anos – ainda como Via Embratel).
Como em tantos outros setores, os números da economia brasileira devem estar dando água na boca dos executivos da Dish, hoje a principal operadora dos EUA e que, entre outros trunfos, tem o suporte da Hughes, um dos maiores fabricantes de satélites do planeta. O mais recente balanço da DirecTV – só para citar um exemplo – indicou que os negócios do grupo na América Latina é que a estão salvando do vermelho; no Brasil, os bons resultados da Sky devem estar contribuindo para isso.
Para quem não se lembra, “dish”, em inglês, significa “prato”. Tanto pode ser “prato de comida” quanto o nome popular para as pequenas antenas parabólicas que captam os sinais de satélite. A marca ainda não chegou ao ponto de ser confundida com o produto, como acontece, por exemplo, com Gillette, Xerox e iPhone. Talvez nunca chegue a isso. Mas ninguém deve duvidar de sua força.
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