Como sabemos, a crise econômica volta a assustar o Brasil, depois de alguns anos de “marolinhas”. E um dos motivos alegados é a suposta desindustrialização, provocada pela falta de incentivo governamental às empresas nacionais. Queixam-se disso quase todos os setores que não conseguiram se adaptar à globalização e à evolução tecnológica desencadeada a partir dos anos 1990. São os “suspeitos de sempre”, empresários e políticos, às vezes assessorados por acadêmicos e lobistas, que insistem em viver às custas de benesses pagas com dinheiro público. Um filme a que já assistimos inúmeras vezes.
É inacreditável, como lembra o prof. Meira, que essas figuras estejam requentando argumentos de 40 anos atrás, quando espertamente se aliaram aos militares no poder para forjar excrescências como a reserva de mercado, aprovada em 1979, e a Zona Franca de Manaus (que é anterior). Foi nessa época que surgiram iniciativas visando à construção de fábricas de chips e à criação de um sistema operacional brasileiro, como respostas à “invasão” das multinacionais. O resultado foi um atraso de quase vinte anos, período em que o país permaneceu fechado às importações de eletrônicos. Diziam que isso fortaleceria as empresas nacionais e que estas produziriam aparelhos tão bons quanto os estrangeiros, e mais baratos do que estes…
O balanço de 2012 indica que não só as importações estão caindo, mas também as exportações, sinal claro de que o país está virando as costas ao mundo, do ponto de vista comercial e tecnológico. Mais: nossos investimentos em software e serviços são inferiores aos da Bolívia!!! Quanto à falta de mão de obra qualificada, acho que não preciso dizer mais nada. E a posição brasileira nos rankings internacionais de educação completa o quadro desastroso.
O prof. Meira lembra que ouve os mesmos argumentos nacionalistas, e em defesa de uma suposta “soberania”, desde 1977; e está preparado para ouvi-los até 2022, nas comemorações do bicentenário da independência, data propícia à exacerbação desse estúpido (porque falso) patriotismo. O artigo que publicou hoje está pronto e pode ser guardado para ser relido daqui a dez anos, sem mudar sequer as vírgulas. Lamento ter que concordar com ele. Mas estamos em boa companhia: “O nacionalismo é uma doença infantil; é o sarampo da humanidade”, já dizia um tal de Albert Einstein.
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Perfeita colocação. E excelente o artigo do Meira.