Conversei com White sobre esse trabalho. Ele parece apaixonado pelo que faz: pesquisar e desenhar aparelhos eletrônicos. Esteve envolvido com a maioria dos produtos lançados pela Philips nos últimos onze anos, inclusive os badalados TVs Ambilight e o system de áudio Fidelio (neste link, outros produtos criados em seu departamento). Já estive duas vezes em centros de pesquisa da Philips e sei como esse tema é levado a sério pelo grupo. “Produtos com design permanecem por muitos anos”, diz White. “São itens que as pessoas compram e sentem orgulho de mostrar. Nosso desafio é adaptá-los às mudanças de comportamento.”
No caso desse novo TV, a moldura de vidro desce até o chão, transparente, parecendo se unir à parede. White diz que foi utilizado um conceito chamado emorational design: uma mistura de emoção e racionalidade, que expande a ideia já conhecida de design emocional lançada pelos engenheiros americanos Don Norman e Jakob Nielsen há cerca de dez anos, num livro que tinha exatamente esse título. “Emoção e razão se confundem quando se vai escolher um produto”, explica White, “ainda mais hoje, quando as pessoas têm tanta informação e trocam ideias e imagens via Instagram ou Facebook.”
Bem, ainda não podemos falar sobre o desempenho do TV – aguardamos a chegada de um exemplar para teste. Mas é inegável seu impacto visual (vejam este vídeo). Será lançado em outubro e custará mais caro que um modelo convencional: na faixa de R$ 10 mil. Mas, afinal, quando se pensa em design, quem é que pergunta pelo preço?
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