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Mitsubishi, mais uma que dá adeus

No Brasil, há muito tempo a marca Mitsubishi tornou-se mais conhecida dos usuários de automóveis do que no segmento eletrônico. Mas, na Europa, EUA e principalmente Japão, continua sendo respeitada e até cultuada. Bem, continuava, até a semana passada. Na última sexta-feira, Tadashi Hiraoka, presidente da MEVSA (Mitsubishi Electric Visual Solutions America), divisão responsável pela distribuição de displays e projetores no mercado americano, enviou carta a seus revendedores comunicando sua saída do mercado.

“Todas as nossas equipes de vendas e suporte serão reduzidas, e não aceitaremos mais pedidos”, escreveu Hiraoka, garantindo que a decisão vale apenas para displays de uso residencial e projetores. A Mitsubishi pretende focar nos itens que hoje lhe dão mais retorno: videowalls, cubos para retroprojeção (de uso comercial) e impressoras industriais. Segundo a carta, a decisão é global, ou seja, não serão mais comercializados projetores e TVs da marca no mundo inteiro.

Não se pode dizer que é uma surpresa. No final do ano passado, comentávamos aqui sobre o fim dos retroprojetores, antigos TVs que foram derrotados pelos LCDs e dos quais a Mitsubishi era uma orgulhosa (e única) fabricante. Foram tantos prejuízos seguidos que agora a empresa jogou definitivamente a toalha. Como já fizeram anos atrás outras ex-gigantes japonesas (Pioneer e Sanyo, por exemplo), melhor se concentrar em poucos, bons e rentáveis produtos.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Foi pura teimosia mercadológica da Mitsubishi Electric em ter continuado com sua política de aperfeiçoamento dos tais "retroprojetores" enquanto o LCD/Leds e novos TVs de Plasma continuavam avançando sobre sua tecnologia de imagem, incluindo os novos projetores 4k que estão surgindo. Os retroprojetores da Mitsubishi Electric, apesar de terem melhorado bastante em contraste e qualidade de sua imagem, tinham uma grande fragilidade chamada "tamanho da profundidade" do seu gabinete comparado com os atuais LCD/Leds e Plasmas que chegam a ter menos de 1,5" de profundidade em alguns modelos para tamanhos acima de 65", além do avanço da concorrência no campo de acesso à internet e outros mimos que agradam aos consumidores, ausentes nos produtos da excelente Mitsubishi Electric. Se até as super e excelentes TVs de Plasmas estão com os dias contados, não era de se admirar a morte já esperada dos monstrengos chamados retroprojetores.

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