Num prazo recorde para esse tipo de negócio, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou na semana passada a compra da operadora Sky pela americana AT&T. Como divulgamos aqui, a AT&T fez uma oferta bilionária pela DirecTV, que além dos EUA atua em quase toda a América Latina e, no Brasil, é dona da Sky. O negócio lá foi fechado em maio e aprovado pelo Cade dois meses depois – deve ser recorde na história do órgão, que costuma levar anos para tomar suas decisões.
De certa forma, essa solução atende aos interesses do governo brasileiro, que tenta, com razão, ampliar o nível de concorrência no mercado de telecom. A Sky é líder no segmento de DTH (TV por assinatura via satélite) e já começou a atuar no serviço de banda larga em algumas praças, usando suas frequências da faixa de 2,5GHz.
A julgar pelas declarações de seu CEO, Randal Stephenson, reproduzidas pelo site Teletime, a AT&T, cujo forte é a comunicação móvel, passa a ser uma das sérias candidatas ao leilão da faixa de 700MHz, previsto para agosto. “As taxas de penetração da TV paga no Brasil ainda são muito baixas”, disse Stephenson. “E há muito potencial no mercado de celular pré-pago e em banda larga sem fio usando a tecnologia 4G.”
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