Conversei por telefone na semana passada com Audiene Oliveira, gerente de Relações Institucionais e Governamentais do Grupo TPV (dono da marca Philips). Ele acaba de assumir o cargo de vice-presidente da Eletros – Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, para cuidar especificamente da linha marrom, que inclui TVs, players, aparelhos de áudio, home theater, câmeras digitais e videogames.
Certamente, não é o melhor momento para o setor, que enfrenta as consequências do ajuste fiscal do governo. Por outro lado, existe o desafio de elevar a voz da indústria em Brasilia, diante da transição da TV analógica para a digital, que envolve a atualização dos televisores. Com 30 empresas associadas (incluindo todas as marcas conhecidas do público), a Eletros é mais discreta, por exemplo, do que as entidades ligadas às emissoras de TV, que vivem criticando o governo. Ao contrário destas, Oliveira acha que o cronograma da transição será cumprido.
Oliveira, com experiência de mais de 30 anos, vai na contramão da maioria dos executivos do segmento, prevendo que o segundo semestre pode trazer boas surpresas. Tomara que esteja certo. Desde 2012, o mercado se mantém na faixa de 13 milhões de TVs produzidos, segundo a Suframa. Este ano, até abril foram 3,4 milhões.
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