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TV paga, de olho na “geração digital”

Mais uma vez, pelo sexto ano consecutivo, produzimos uma edição especial da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL para ser distribuída aos visitantes da ABTA 2016 (ao lado, uma das reportagens). A Feira e Congresso da Associação Brasileira de TV por Assinatura acontece esta semana em São Paulo, em meio à crise econômica que reduziu em 4% a base de domicílios cadastrados, mas com boas notícias e algum otimismo por parte de empresários e executivos. Uma delas é esta.

De fato, o ambiente econômico está carregado, mas foi interessante ver uma empresa como a Oi tentando mostrar que os escândalos financeiros dos últimos anos não interferem nos planos de melhorar o atendimento. Sobre os escândalos, já comentamos aqui; talvez os leitores paulistas, que não são servidos pela empresa, desconheçam que para muitos brasileiros a Oi é a única opção em banda larga, devido a sua imensa rede herdada dos tempos da Brasil Telecom. Sua reação, portanto, é significativa.

Também impressiona o tom assumido pela América Móvil (NET/Claro), de apostar num evento como a Olimpíada, com uma cobertura grandiosa, considerando o que isso exige de investimento. “Decidimos manter a aposta nos Jogos, que são um marco para o país e para o mercado de TV paga”, anunciou o presidente do grupo, José Felix. “Não estamos mais crescendo a dois dígitos, mas não perdemos essa ambição”. Mais detalhes sobre a estratégia da empresa, neste artigo.

Num debate no primeiro dia da ABTA, Felix e outros executivos compartilharam a visão de que o usuário brasileiro “descobriu” a TV por assinatura e quer continuar com o serviço, embora momentaneamente muitos não estejam em condições de pagar a assinatura mensal. “A TV paga entrou no hábito das pessoas analógicas”, comentou Fernando Medin, VP do grupo Discovery. “Elas estão assistindo mais, e isso é muito positivo. Mas há uma geração de novos consumidores, que são digitais. Precisamos ver o apetite que eles têm, se querem um aplicativo para cada canal, ou para cada operadora.”

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

View Comments

  • Sr. Barroso venho acompanhando a enquete de preferencia em ver filmes, também reportagem sobre a qualidade de som. Pergunto acho que tão cedo teremos uma trilha sonora atraves da internet igual a proporcionada pelos blue rays; sera que estou enganado? Para mim ver um filme em um BR é incomparavel.

  • e sobre o comentário anterior. sou assinante da revista desde os primeiros exemplares

    • Olá Carlos, obrigado pela mensagem. Sim, com certeza a qualidade de um bom Blu-ray é muito superior à da internet, tanto em áudio quanto em vídeo. Isso pode mudar no futuro, claro, mas por enquanto não há dúvida. Abs.

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