A disputa está agora nas mãos da Aneel, agência reguladora do setor que, como sabemos, é fortemente influenciada pelas distribuidoras. Vale lembrar que essas agências estão atualmente sob suspeita devido às nomeações políticas dos últimos anos (vejam aqui). Independente disso, o caso da energia solar ilustra um velho problema brasileiro: ninguém gosta de competir, todo mundo adora uma reserva de mercado!
Segundo a Aneel, o uso doméstico de energia solar vem aumentando espantosamente. Eram apenas 361 geradores instalados em 2014, gerando 5.254kW; hoje são mais de 33.000 aparelhos, que produzem 403.000kW. Como vários países desenvolvidos, o Brasil decidiu no início da década estimular o uso de energia limpa, o que aliás fez com atraso; programas desse tipo na Europa e no Japão datam da década de 1990. Agora, dizem as distribuidoras, não há mais necessidade de subsídios.
Vale a pena acompanhar esse debate, que começou em junho com uma consulta pública da Aneel. O próximo governo, a ser eleito em outubro, terá que se posicionar a respeito, já que está em jogo o futuro do país num setor crucial. Para quem se interessa pelo tema, seguem alguns links interessantes:
Regras do BNDES para financiamento de sistemas fotovoltaicos
Vídeo ilustrativo sobre como funciona um sistema doméstico de captação solar
Vantagens e desvantagens da energia solar
Como fica o sistema de recarga pública de carros elétricos?
Cliente do setor elétrico pode se tornar produtor de energia renovável
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