“Não toque em nada. O vírus pode estar em cima da mesa, na maçaneta da porta, no celular, na roupa…” Para algumas pessoas, a quarentena pode estar se transformando em neurose. Não por acaso, psicólogos e psiquiatras vêm fornecendo, em entrevistas e vídeos, dicas para se evitar a depressão após tantas semanas de isolamento social.
Tudo isso vem a calhar com a tendência dos assistentes de voz. Desde o ano passado, dispositivos baseados em Alexa e Google têm crescido em vendas pelo mundo afora. Segundo a empresa de pesquisas americana ABI Research, foram 141 milhões de unidades vendidas em 2019, com estimativa de chegar a 180 milhões este ano. “Uma casa mais inteligente é uma casa mais segura”, diz o diretor da ABI, Jonathan Collins, ouvido pelo CE Pro.
Com tantas recomendações sobre limpeza doméstica nestes tempos de coronavírus, é natural que mais pessoas se empolguem com a ideia de “conversar” com seus aparelhos. Collins cita o contato frequente das mãos, milhares de vezes por dia, com celular, tablet, termostato, controles remotos, interruptores, maçanetas etc. – todos itens que já podem ser acionados por voz. “A COVID-19 traz uma motivação adicional para o uso dos comandos de voz”, diz ele. “Mas, quando a epidemia passar, os assistentes vão continuar em alta demanda nas residências. E, de certa forma, ajudar ainda mais na adoção da automação residencial”.
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