Agora, pelo visto, o tráfico de conteúdos digitais entra numa nova fase, digamos, mais avançada. Os policiais descobriram que os criminosos organizam eventos virtuais no ambiente Metaverso (sabe o que é isso?), onde exibem e vendem conteúdos que não lhes pertencem. São quadrilhas que se organizam via redes sociais, atraindo usuários que, na prática, se tornam seus cúmplices.
Segundo o Ministério, nessa última ação foram descobertos 89 vídeos e quatro canais ilegais do Metaverso, além de 461 aplicativos, dos quais 75% continham dados pessoais de usuários. Nem todo mundo se deu conta, mas com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) compartilhar dados sem autorização de seus donos também configura crime.
O leitor já deve ter visto: jogos de futebol transmitidos pela internet, inclusive com veiculação de publicidade, são um caso típico de pirataria de conteúdo, numa era em que praticamente todas as competições são compradas pelas emissoras a peso de ouro. Existem perfis nas redes sociais especializados em cooptar usuários para acessarem esses vídeos ilegais.
Ainda de acordo com informações do Ministério da Justiça, além de apreender equipamentos os agentes bloquearam sites e apps ilegais (não só de vídeo, de música também), removeram perfis e desindexaram conteúdos dos mecanismos de busca. Um trabalho minucioso, que agora tende a se tornar mais sofisticado com a entrada em cena do Metaverso, essa tecnologia emergente em que algumas empresas estão investindo milhões.
Sempre inovando, o Brasil inaugura assim a era dos “avatares piratas”. Este link dá mais detalhes.
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