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Receivers: uma sonora mudança

Pouco mais de um ano atrás, comentávamos aqui sobre a mudança de perfil dos receivers comercializados no Brasil (todos importados) em função do crescimento das soundbars. Vale a pena voltar ao tema, que é destaque na edição de dezembro da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL.

Temos publicado testes de alguns modelos (vejam aqui), e a conclusão é que nunca houve tantos recursos à disposição do consumidor como atualmente. Exemplos: flexibilidade de ajustes de áudio, incluindo uma quantidade incrível de canais; potência suficiente para preencher dois ou três ambientes; opções para integração em rede; correção acústica do ambiente, por meios digitais; inúmeras conexões, com e sem fio…

Marcas como Yamaha, Marantz, Denon, Integra e as canadenses Anthem e NAD estão dando show em matéria de receivers. Cito essas porque têm distribuição “oficial”, ou seja, uma empresa brasileira que se encarrega da importação e distribuição, com garantia e assistência técnica. Já marcas como Onkyo, Sony e Pioneer também podem ser encontradas, mas nesses casos o consumidor deve redobrar os cuidados…

A reportagem da revista mostra que mesmo receivers “de entrada”, de custo mais acessível, já estão trazendo recursos não encontrados em soundbars – alguns, aliás, estão custando menos do que certas soundbars.

Maior envolvimento sonoro, com ou sem Dolby Atmos 

Além do maior envolvimento nos filmes, temos constatado o palco sonoro na reprodução de música, que é a capacidade do equipamento transmitir a sensação de que os músicos estão “dentro da sala”; e a faixa dinâmica mais extensa, que é quando se ouve com clareza (sem distorção) tanto os agudos quanto os graves extremos. São raras (e caras) as soundbars que chegam perto dessa experiência.

A maior oferta de conteúdos com áudio imersivo, especialmente Dolby Atmos, permite também perceber melhor a diferença entre receivers e soundbars. A perfeita propagação dos sons pela área alta da sala exige um processador eficiente e boa reserva de potência, algo raro em soundbars. Nos filmes com Atmos, não há “buracos” na circulação dos efeitos sonoros quando o processamento é preciso, como nos receivers, produzindo cenas mais envolventes, a chamada “imersão”.

Esses resultados, claro, dependem da escolha de boas caixas acústicas e de seu posicionamento correto no ambiente. Dá mais trabalho, sem dúvida, mas continua sendo uma fórmula imbatível.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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