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E, no entanto, mercado de 8K se move

Por Joe Palenchar*

O ecossistema 8K segue em frente, embora enfrentando múltiplos desafios, do ceticismo entre os consumidores e criadores de conteúdo à necessidade de codecs de compressão mais eficientes, além de redes mais robustas de banda larga e conexões Wi-Fi mais rápidas. Esse é um resumo do 8K Display Summit, realizado no último dia 11 em Nova York pela 8K Association, com o objetivo de promover a tecnologia 8K a produtores de conteúdo, operadoras de TV paga e provedores de streaming, entre outros.

A 8K Association admite que muitos ainda precisam ser convencidos de que essa tecnologia entrega melhorias significativas na qualidade de imagem, em relação ao 4K. E também quanto à praticidade de distribuir conteúdo nativo 8K às residências via internet, satélite e cabo.

O mito da densidade de pixel

No evento, alguns especialistas destacaram que os TVs 8K reproduzem imagens “hiper-realistas”, que podem ser imediatamente reconhecidas numa sala doméstica a distâncias normais de visualização. Era uma maneira de desfazer o mito de que a resolução 8K, com 33,2 milhões de pixels, apresenta uma densidade tão grande que é difícil de ser percebida pelo olho humano. Com 8K, o telespectador consegue identificar níveis mais altos de luminosidade e contraste, além de contornos mais definidos, maior profundidade e mais variações de tons – tudo isso combinado resultado num efeito similar ao 3D, disseram eles.

A 8K Association mais uma vez reiterou sua missão de educar os consumidores, a comunidade produtora de conteúdo e os provedores. Como parte desse esforço, o jornalista Chris Chinnock, diretor executivo da entidade, afirmou a intenção de procurar os revendedores, ainda este ano, para realizar campanhas de esclarecimento. Ao mesmo tempo, a Association está trabalhando nesse sentido através de seu site e das mídias sociais.

Durante o encontro em Nova York, mais de 100 profissionais do mercado foram informados de outras iniciativas visando a promoção da tecnologia 8K:

*Estão surgindo mais ferramentas profissionais para captar, codificar e decodificar imagens 8K, embora os equipamentos ainda sejam limitados e muito caros;

*Estima-se que os preços dos painéis de 65″ e 75″ devam cair significativamente, graças à capacidade ociosa das fábricas chinesas. Isso deve estimular os consumidores a adquirir telas maiores, em que é possível perceber melhor os benefícios do 8K;

*Pesquisas da IHS Markit – apresentadas no evento por Sonia Chen, diretora de marketing da Samsung – revelam que 42% dos consumidores nos EUA e Canadá pretendem comprar um TV a partir de 65″ até 2021.

Os participantes do 8K Display Summit também foram orientados no sentido de que os serviços de streaming serão os primeiros a oferecer conteúdo nativo 8K nos EUA, em 2020 ou 2021. Para incentivar as vendas enquanto isso, os fabricantes estão aperfeiçoando seus algoritmos de upscaling, permitindo que os usuários assistam a conteúdos SD, HD e UHD (4K) na resolução 8K. “Esses algoritmos são inacreditáveis”, comentou Chinnock.

Um executivo da Samsung acrescentou que a empresa utiliza técnicas de machine learning para obter contornos mais definidos, criar texturas e reduzir ruídos de vídeo, entre outros artifícios. 

(c) CE Pro

(para ver o original na íntegra, clique aqui)

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Nada como deixar as ideias amadurecerem e não deixar o “marketing” decidir na hora da compra! Por enquanto, para mim, o 8k é desnecessário.

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