Categories: Uncategorized

Maçã podre: o que diria Steve Jobs?

 

 

 

 

Oito anos após a sua morte (05/10/2011), Steve Jobs deve estar se revirando no túmulo com a notícia de que sua amada Apple pirateou canções para inflar o serviço Apple Music. Não é brincadeira. A denúncia está registrada na Justiça da Califórnia e foi detalhada dias atrás pelo site Patently Apple, que faz o acompanhamento das questões legais relacionadas à marca da maçã.

O processo foi aberto por duas editoras que representam dois dos maiores compositores de todos os tempos: Harry Warren (1893-1981), ganhador de três Oscars e autor de sucessos eternos como “The More I See You” e “I Only Have Eyes for You”; e Harold Arlen (1905-1986), de “Blues in the Night” e “Over the Rainbow”, entre tantas outras.

A denúncia é que a Apple comprou dezenas de canções de duas pequenas gravadoras, chamadas Orchard e Cleopatra, que simplesmente não eram donas dos direitos autorais. A Four Jays Music, fundada nos anos 1960 por Warren, afirma que a Apple sabia desse detalhe e, portanto, estava plenamente ciente de usar conteúdos não autorizados.

Para reforçar sua tese, a editora lista na ação uma espécie de “quem é quem” da música americana do século 20, que inclui Frank Sinatra, Louis Armstrong, Duke Ellington, Judy Garland, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Miles Davis e por aí vai. Se você procurar no Apple Music por esses nomes, encontrará inúmeras canções de Warren e de Arlen que eles gravaram. Pena que sejam, com perdão do trocadilho, “maçãs podres”. 

Episódios como esses acabam dando razão aos que acham que a Apple não é a mesma depois da morte de seu fundador. Como nos EUA essas coisas são levadas a sério, podemos prever uma boa batalha judicial, com grandes chances da Apple ter que pagar uma indenização milionária. Para quem quiser se inteirar dos detalhes, este é o link original

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

Share
Published by
Orlando Barrozo

Recent Posts

A vida útil das TVs

    Uma das polêmicas mais antigas do mercado de consumo é sobre a durabilidade…

2 dias ago

Dicionário de tecnologias AV

  Você sabe o que é o protocolo AVB? Já aprendeu o que são harmônicos…

2 semanas ago

Médias empresas, grandes transações

Fusões e aquisições são quase que semanais no mundo da tecnologia. A mais recente -…

3 semanas ago

Energia solar acelera o futuro

Nesta 6a feira, o Brasil ultrapassou a marca histórica de 2 milhões de domicílios equipados…

4 semanas ago

Excesso de brilho nas TVs é problema?

    Já vi discussões a respeito, em pequenos grupos, mas parece que a questão…

4 semanas ago

Incrível: Elon Musk contra as Big Techs!

      A mais recente trapalhada de Elon Musk, ameaçando não cumprir determinações da…

4 semanas ago