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Áudio imersivo nas novas TVs

Comentamos dias atrás sobre os novos recursos de vídeo das TVs top de linha (4K e 8K) que estão chegando ao mercado este ano (vejam aqui), recursos esses que são de fato o que mais chama atenção quando se entra numa loja. Mas o som tornou-se nos últimos anos um componente ainda mais importante da experiência, principalmente com a popularização do Dolby Atmos e demais processamentos de áudio imersivo. E, embora saibamos que nenhum TV é capaz de oferecer envolvimento sonoro sequer próximo de um verdadeiro home theater, há novidades também nesse campo.

Neste outro post, abordamos rapidamente como a Inteligência Artificial está contribuindo para melhorar a reprodução sonora nos TVs Samsung. Mas as inovações vão bem além, graças a novas técnicas de montagem dos alto-falantes nos TVs e, claro, aos sempre presentes algoritmos. Os modelos 8K que a mesma Samsung está lançando trazem, por exemplo, microfalantes posicionados em torno da tela, e não apenas embaixo como estamos acostumados a ver. Um algoritmo analisa o conteúdo das cenas e determina como os sons devem ser reproduzidos para dar a impressão de que saem da tela.

Esse avanço é importante quando se pensa em TVs grandes: quanto maior o tamanho, mais se percebe as limitações dos falantes normalmente posicionados embaixo da tela. Uma TV de 65″, por exemplo, tem aproximadamente 90cm de altura. Se o avião explode na área mais alta da tela e o som da explosão sai por baixo, lá se foi a sensação de realismo (este vídeo ilustra bem a situação).

Nos TVs 2020 OLED e NanoCell da LG, todos os sons que entram em estéreo são automaticamente convertidos para surround 5.1 canais, uma simulação que dá resultados interessantes dependendo da cena. Já o recurso AI Sound, como indica o próprio nome, utiliza Inteligência Artificial para analisar e ajustar em tempo real o áudio de cada conteúdo. Se o filme está codificado em Dolby Atmos, o processador da TV capta os sons destinados à parte alta da sala – neste caso, é necessário usar uma soundbar com falantes voltados para cima, refletindo as ondas sonoras no teto.

De novo, os resultados são bem superiores se o TV for ligado a um receiver Atmos com as respectivas caixas acústicas (e, claro, melhor ainda se as caixas forem embutidas no teto). Através do conector HDMI eARC, o TV transfere para o receiver os sons que recebe das emissoras ou do modem de banda larga, completando o serviço. 

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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