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Market place é uma falta de respeito

A foto ao lado foi publicada por um amigo no LinkedIn. O infeliz havia comprado um notebook no Mercado Livre e acabara de receber o “presente”: uma caixa vazia, ou melhor, na embalagem do sonhado Macbook Air, uma pedra e uma garrafa pet amassada!!! Seu relato ilustra bem a falta de respeito das lojas virtuais brasileiras, que aos poucos vão se tornando casos de polícia.

Tentando conter a raiva, nosso amigo fez o que qualquer um de nós faria: tentou entrar em contato com o Mercado Livre. Só para ser mais um consumidor a descobrir que a empresa – como se tornou comum no e-commerce – não tem canais de contato direto com seus clientes.

Após uma reclamação formal via chat, que no caso do ML não passa de uma central para registrar mensagens escritas, sem interação humana, o cliente recebeu dias mais tarde esta pérola: “Vimos o que aconteceu com sua compra, mas ao analisar a situação e seu histórico em nosso site, concluímos que não será possível devolver o seu pagamento nesta ocasião, por isso, encerramos a reclamação”.

Para quem não acreditar na história, este é o link com todos os detalhes. A ideia de publicar sua via sacra foi o que salvou, em parte, o reclamante. Após dezenas de comentários de seus contatos, vários deles contando casos parecidos, uma funcionária do Mercado Livre apareceu no LinkedIn para escrever que ficasse “tranquilo pois seu caso estava sendo examinado”.

Até este momento, não se sabe que providências estariam sendo tomadas. Mas, claramente, o prejuízo – a esta altura incalculável – à imagem da empresa foi o que fez a tal funcionária se manifestar. Em tempo: antes de publicar o episódio, a vítima já havia prestado queixa no Reclame Aqui e no Procon, que nos últimos anos – talvez pelo excesso de reclamações – se transformaram em órgãos burocráticos, onde esses casos raramente encontram uma solução.

Eu mesmo já fui vítima desse, digamos “assédio comercial”, contra o qual o consumidor brasileiro tem poucas (ou nenhuma) formas de se proteger. Comentaremos o tema melhor nos próximos dias. Por ora, vale o alerta: embora muita gente tenha experiências bem sucedidas com os market places, é possível afirmar que tiveram, apenas, foi sorte. Neste post, explicamos por quê.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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  • Típico produto que tem que comprar em loja oficial. Comprei um note diretamente com a loja da Acer no ML e inclusive a garantia funcionou perfeitamente bem pois trocaram monitor, SSD (2x) e por fim a placa mãe, tinha um problema que não detectavam o que era e só após a substituição da MB é que o note sossegou. Tudo isso com pagamento de logística reversa e tudo o mais.

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Orlando Barrozo

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