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TVs, cada vez mais “inteligentes”

Falamos aqui dias atrás sobre as inovações trazidas na linha 2020 de TVs Samsung, mas faltou mencionar que outros fabricantes caminham na mesma direção: explorar cada vez mais os avanços da Inteligência Artificial (IA). Vale não apenas para melhorar o desempenho dos TVs, mas também para produzi-los: os processos industriais estão dando saltos tecnológicos incríveis. Um post é pouco para analisar toda essa gama de inovações. Então, vamos por partes, começando pelo processamento de vídeo.

A nova geração de chips, além de maior capacidade de processamento (seguindo a famosa Lei de Moore), também traz respostas mais rápidas e a capacidade de aprendizado. Esta é definida pelas expressões Deep Learning, em que o dispositivo “aprende” com o uso contínuo; e Machine Learning, em que um dispositivo absorve “lições” de outro. Nos dois casos, amplamente adotados nos TVs top de linha das principais marcas, o que se consegue é um aprimoramento constante da performance.

Os processadores agora são capazes de identificar os parâmetros ideais de calibragem de vídeo para cada conteúdo – ou, indo mais fundo, para cada cena. Fazem isso baseados em dados de referência armazenados pelo fabricante e que podem ser acessados em tempo real; parte desses dados vem embarcada no próprio processador. E também baseados em sensores que analisam, por exemplo, a luminosidade do ambiente e indicam os ajustes mais adequados de brilho e cores. O consumidor pode interferir, se quiser, mas isso não é necessário: tudo acontece de forma automática.

É exatamente o que faz o recurso Dolby Vision IQ, agora introduzido nas TVs OLED LG e Panasonic (esta, por enquanto, ainda não no Brasil). Como se sabe, Dolby Vision é um software de processamento criado pela Dolby Labs como alternativa ao HDR; este é um código aberto, enquanto o uso do DV só pode ser feito pagando royalties à Dolby, motivo pelo qual empresas como a Samsung não o utilizam.

Na versão IQ, o processamento abusa dos metadados contidos nos conteúdos (filmes, séries etc.) para orientar o TV a reprodução. Analisa as condições de luz na sala e compensa, por exemplo, quando a cena é muito escura (confiram neste vídeo). Em breve, faremos o teste na prática e relataremos aqui.

Aguardem outros posts sobre os avanços da IA para áudio e vídeo.

Orlando Barrozo

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige a revista HOME THEATER, fundada por ele em 1996, e os sites hometheater.com.br e businesstech.net.br. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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