Não posso perder a chance de iniciar este post com a piada de um amigo: “Já que a inteligência natural não funcionou, vamos de artificial mesmo”. Pode ser cruel pensar assim, mas fato é que a CES 2020 provou: toda a indústria eletrônica corre atrás da I.A., que na internet é mais fácil encontrar pela sigla em inglês (AI). 

Claro que não é novidade. Lembro ter comentado sobre o tema quase dez anos atrás (vejam aqui). Ao longo da década, recursos de AI foram se integrando silenciosamente a nossas vidas. Tão silenciosamente que muitos usuários ainda acham possível manter a privacidade usando celular, GPS e cartões variados.

Não é. Uma das faces da AI é justamente a capacidade de analisar dados dos usuários para adequar o serviço a seus hábitos e preferências. É o que fazem desde sempre empresas como Microsoft, Facebook, YouTube, LinkedIn, Google, Uber, Amazon e tantas outras. E justamente por saberem fazer isso tão bem é que se tornaram onipresentes. 

Mas, falando especificamente de conforto e entretenimento, o que se viu nesta CES foi a adoção da AI por todas as empresas, dos fabricantes de equipamentos e acessórios aos produtores de conteúdo. Nesta reportagem, mostramos vários exemplos. Os que mais chamam atenção são os assistentes de voz, já integrados a TVs, caixas acústicas e inúmeros dispositivos portáteis. Mas a lista vai bem longe. Vejam outros produtos exibidos este ano em Las Vegas:

*Robô faz tudo: há os modelos residenciais e os de uso em espaços públicos, como lojas, museus e escritórios.

*Realidade Aumentada: aqui, as aplicações vão da medicina aos brinquedos e ao turismo, passando até pelos salões de beleza.

*Higiene pessoal: que tal escovas de dentes que “analisam” sua boca a fazem o serviço em menos de 10 segundos?

*Energia: dispositivos que monitoram o consumo da casa e, se for o caso, desligam ou reduzem um aparelho que esteja gastando muito.

*Saúde: acionados por apps, existem milhares de produtos para checar o estado geral do usuário e tomar providências quando necessário.

*Cadeira de rodas autônoma: pode ser operada remotamente ou por voz.

*Carros: seu modelo atual está prestes a ser considerado obsoleto; os novos virão recheados de sensores e microcâmeras capazes de detectar as ações do motorista, orientá-lo e evitar suas navalhices.

*Esportes: além dos já comuns medidores pessoais, agora temos calçados e roupas que analisam o atleta e melhoram seu desempenho.

Para quem ainda não viu, temos aqui uma seleção de produtos “smart” que fizeram sucesso na CES. Bem-vindos ao mundo da Inteligência Artificial. Que, como diz lá o meu amigo, deve ser ótimo até para quem não é dotado de muita inteligência natural.

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