É comum nos salões do automóvel, no mundo inteiro, os fabricantes mostrarem seus “carros-conceito”. Os especialistas já sabem que são veículos experimentais, cheios de inovações, mas que nunca chegarão ao mercado – quando chegam, são completamente diferentes daquilo que foi exibido.
Não sou especialista, e talvez por isso tenha ficado com água na boca (um de meus antigos professores de Português diria “estupefacto”) ao ver as imagens do Fun-Vii, que a Toyota apresentou no último Salão de Tóquio, mês passado. Mais do que um carro-conceito, é uma proposta de estilo de vida, em que a tecnologia desempenharia papel fundamental. Vejam só a lista de “itens de série”:
*Portas e janelas touchscreen: basta encostar o dedo para abrir ou fechar;
*Telas (também de toque) em todos os vidros internos, dando acesso a conteúdos diversos, à escolha do motorista e seus passageiros;
*Sensores anti-choque, que evitam colisões mesmo que o condutor perca o controle do carro;
*Comunicação sem fio com outros veículos;
*GPS com vídeo de alta definição, mostrando inclusive as condições do trânsito;
*Sensores de A.R. (realidade aumentada) para ampliar o tamanho dos objetos externos através do parabrisa;
*Atualização automática de software, via internet;
*Acionamento via smartphone.
O modelo apresentado (foto) tem lugar para apenas três pessoas, e as pessoas usadas no vídeo promocional parecem felizes da vida com seu novo “conceito”. E este outro vídeo mostra mais detalhes. Já dá pra imaginar os anúncios na TV quando (e se) for lançado esse carro, literalmente do outro mundo: o alegre proprietário desfila pelas ruas e ninguém consegue tirar os olhos dele, até que estaciona em frente a uma mansão ou prédio de luxo, de onde sai uma mulher deslumbrante para encontrá-lo.
Isso, sim, é que é conceito.