Em meio à avalanche de siglas, protocolos e padrões tecnológicos que encontramos todos os dias, eis aqui mais uma para você decorar: OLET (Organic Light-Emitting Transistors). Não se assuste, ainda vai demorar para chegar. Mas é um novo sinal de como a indústria eletrônica caminha rápido na busca da utopia chamada “imagem perfeita”. Como não sou físico nem engenheiro, vou confiar nas fontes que encontrei a respeito para tentar explicar aqui, resumidamente, do que se trata. Os especialistas que me lêem podem ficar à vontade para corrigir, se for o caso.

Basicamente, pesquisadores do Instituto de Materiais Nanoestruturados (ISMN), de Bologna, Itália, identificaram problemas nos leds atuais que, como se sabe, são dispositivos geradores de luz própria, muito mais eficientes do que as lâmpadas tradicionais. A versão mais avançada dos leds seriam os OLEDs (Organic Light-Emitting Diodes), dos quais já falamos aqui diversas vezes, que utilizam materiais orgânicos para gerar luz ainda mais intensa através de painéis mais finos, flexíveis e de maior sensibilidade. Uma deficiência dos OLEDs estaria relacionada com o exciton, que é o núcleo central dos leds, a parte que é ativada eletricamente para produzir luz. Segundo o Wikipedia, o exciton é o que em física se chama “furo no elétron”.

Dizem os italianos que, nos OLEDs, o exciton é comprimido, diminuindo a eficiência e o brilho do dispositivo. OLET seria uma alternativa melhor: uma estrutura multi-camadas em que o fluxo de energia pode ser direcionado através de micro-transistores. O trabalho foi publicado em maio na revista Nature Materials. “Mostramos que OLET é um novo conceito de emissão de luz, que pode ser integrado a diversos tipos de materiais, como vidro, plástico, papel, silício etc., usando as mesmas técnicas de microeletrônica já conhecidas, com muito mais eficiência do que o OLED”, explicou Michele Muccini, um dos pesquisadores.

Sim, é complicado mesmo. Os interessados podem visitar os links acima para buscar explicações mais detalhadas. Mas é bom não esquecer a sigla OLET. Poderemos voltar a falar muito dela no futuro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *