Na maioria das grandes cidades, ultimamente dirigir passou a ser atividade de alto risco, dada a quantidade de irresponsáveis ao volante e a falta de fiscalização. Mesmo dirigindo com calma e atenção, é grande o perigo de ser atingido por um desses facínoras disfarçados de motoristas. E quando se está parado num engarrafamento, a chance de ser assaltado (ou coisa pior) aumenta muito. Os fabricantes usam tecnologia de ponta para dar maior segurança aos veículos, mas há certos avanços (ou seria retrocessos?) que, na prática, podem colocar tudo a perder.

Nos EUA, ocorre atualmente um interessante debate entre montadoras, fabricantes de acessórios eletrônicos, entidades que lutam por maior segurança no trânsito e órgãos de defesa do consumidor. Marcas de prestígio – Ford, BMW, Mercedes – sofisticaram tanto os sistemas de navegação de seus carros que estes, vejam só, estão se tornando menos controláveis pelo usuário. Já há quem defenda a ação da Suprema Corte para refrear os abusos. Mas essa é uma polêmica que ainda vai longe (vejam isto).

Vejam o que acaba de ser lançado no Japão pela Toyota, hoje a maior montadora do mundo: um brinquedinho chamado Kuruma de DS (tradução literal: “Use o DS no Carro”). Sim, o Nintendo DS, videogame portátil que milhões de crianças (e também alguns adultos) adoram. Nos novos Toyota, o usuário pode transformar o aparelho num super-GPS, fazendo-o “conversar” com o automóvel. Segundo o site Kotaku, especializado em games, não custa barato: o equivalente a US$ 2.600. Mas quem resiste a, em meio ao engarrafamento, curtir um joguinho? Sim, porque no caos atual do trânsito de São Paulo ou Rio, por exemplo, o GPS em si não teria muita utilidade.

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