A edição de dezembro da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL traz uma reportagem que merece ser lida e comentada. O repórter Ricardo Marques percorreu algumas lojas da capital paulista sem se identificar, como se fosse um consumidor comum querendo comprar um televisor. A ideia era conferir o atendimento oferecido e o tipo de orientação dos vendedores. Foi interessante constatar que algumas regras básicas do varejo chamado “especializado” não são seguidas. E que a maioria dos atendentes parece não se incomodar em perder um cliente quando este solicita algo que fuja à rotina.

Refiro-me, por exemplo, a algo banal como verificar o funcionamento do controle remoto que acompanha o TV. Numa das lojas, o vendedor simplesmente impediu o “cliente” de experimentar o acessório! Outro caso que beira o absurdo: embora tratando-se de TVs Full-HD, uma das lojas reproduzia apenas conteúdos HD (720p). A explicação foi que todos os TVs estavam ligados a uma única fonte de sinal, e esta não era Full-HD.

O mais inacreditável, no entanto, foi quando o repórter levou um disco Blu-ray e pediu para assistir a um trecho no TV que estava em demonstração. Impossível, disse o vendedor e (supostamente) demonstrador. “Se você trouxer seu filme gravado num pen-drive, a gente pode experimentar.” Pen-drive? Para demonstrar um TV Full-HD? Qual é a lógica?

Fica então a dica para quem pretende comprar um TV neste final de ano. Pelo visto, nem todo vendedor quer (mesmo) vender!!!

1 thought on “Maratona em busca de um TV

  1. Há bastante tempo esta situação é comum. Com exceção de uma ou outra loja onde os vendedores – alguns destes representando marcas como Samsung e Panasonic – aparentam ter um real treinamento para nos prover as informações que desejamos. Ainda não fiz o teste do bluray, mas ano que vem investirei num novo TV e certamente testarei ao menos três modelos.

    Quanto ao (real) interesse de um vendedor em vender, em todos os lugares que visito nunca sinto nestes profissionais(?) interesse em bem atender para conseguir efetivar uma venda. Parece mesmo que não faz diferença para eles. É como entrar em uma loja de armarinhos na Rua 25 de Março, em São Paulo… as pessoas que atendem não estão nem aí para quem entra nas lojas.

    Em tempos de internet e comparação de preços dentro das lojas, o bom atendimento deveria ser mais que obrigação por parte dos vendedores, especialmente quando os produtos possuem valores mais altos. Mas, infelizmente, este é só mais um triste traço de nossa (falta) de cultura…

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