GooglesDriverlessCarDe volta aos EUA, me surpreendi com a calma reinante. Depois dos últimos atentados na Europa e na Ásia, esperava um clima mais pesado nos aeroportos; felizmente, nada de excepcional até agora – apenas uma novidade: agora, podemos usar a internet em pleno vôo, pagando uma taxa (18 dólares, no trecho Miami-Las Vegas, pela American Airlines). Por enquanto, só vale para vôos domésticos.

Esta é provavelmente a semana em que Las Vegas recebe a maior quantidade de visitantes (são quase 50 milhões por ano), mas quem anda nas ruas não percebe. E dentro dos hoteis o movimento é gigantesco como sempre; a diferença é que a CES consegue lotar quase todos eles, coisa que dificilmente acontece no restante do ano. O evento e a cidade cada vez mais parece que se confundem. Se Nova York é, como diz a canção, “a cidade que nunca dorme”, Las Vegas deve ser aquela em que nunca se sabe quando é dia ou noite, especialmente dentro dos hoteis-cassino (quase todos), onde ninguém dá bola para horário.

Falando da CES, como já comentamos algumas vezes o evento a cada ano se torna maior e mais abrangente, e confesso que não sei se isso é bom. Os organizadores divulgam como “grandes destaques”, por exemplo, as impressoras 3D (que permite imprimir até armas…) e os carros inteligentes (leia-se: sem motorista). Enfatizam que as maiores montadoras do planeta (Ford, Toyota, Renault, Audi…) aqui estão exibindo suas novidades – e isso numa semana em que também acontece o Salão de Detroit, um dos grandes eventos da indústria automobilística.

Basicamente, o que todas elas propõem (e dizem já estar testando nas ruas) é a ideia de veículos dotados de tantos sensores que dispensam a presença de motorista – um deles, informa a direção da CES, já teria ido de Nova York a Philadelphia, distância de aproximadamente 300km, em pouco mais de 4 horas, obedecendo a sinalização e evitando colisões com outros veículos. Na prática, decreta-se assim o fim do nosso conhecido estresse do trânsito. Só faltaria então, como se dizia antigamente, combinar com os russos – no caso, os automóveis que insistem em ser conduzidos por motoristas como eu e você.

1 thought on “Fim do estresse no trânsito?

  1. Orlando, em breve nos voos intercontinentais também. Para quem não consegue dormir em avião, como eu, é uma boa!

    Boa viagem e boa cobertura! Aguardamos ansiosos pelas novidades!!!!

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