somfy

 

 

Estivemos hoje no evento de lançamento oficial da nova linha Somfy no Brasil. Presente hoje em 60 países e com forte atuação principalmente na Europa, essa marca francesa é referência, por exemplo, em cortinas e persianas automatizadas. Em 2010, o grupo decidiu intensificar sua participação no Brasil (onde está desde 1998) e foi às compras: em menos de dois anos, adquiriu o controle de três empresas emergentes do país, cada uma especialista (e vitoriosa) em seu segmento.

Uma delas já é bem conhecida dos leitores: a mineira Neocontrol, que vem se destacando ao desenvolver sistemas de automação para todo tipo de casa ou edifício (mais detalhes aqui). Outra, também mineira, é a Giga Security, uma das cinco maiores do Brasil hoje em sistemas eletrônicos de segurança. É um case de sucesso: fundada há cinco anos por estudantes numa incubadora, instalou-se em Santa Rita do Sapucaí (MG), no chamado “vale do silício brasileiro”, e hoje possui 200 funcionários e uma fábrica em Manaus. No ano passado, a Somfy adquiriu também o controle da Garen, sediada na cidade de Garça (SP), que a cada ano produz cerca de 400 mil motores para portões eletrônicos.

Ao todo, a Somfy diz já ter investido no Brasil cerca de 50 milhões de euros. “E queremos investir mais”, nos disse o CEO, Jean-Philippe Demael, garantindo que dinheiro não falta. “Depende do projeto ser interessante. Para nós, o Brasil ainda tem grande potencial de crescimento, mesmo com essas oscilações na economia. Os segmentos de segurança e controle de energia, por exemplo, têm muito a ser explorado.”

Foi bom ouvir isso de um empresário estrangeiro. Demael está na contramão de boa parte dos analistas internacionais. Acha, por exemplo, que a mão-de-obra brasileira é qualificada; seu parâmetro está nas três empresas adquiridas, que investem pesado em treinamento. “Estudamos mercados do mundo inteiro”, diz ele, “e chegamos à conclusão de que o Brasil é um dos poucos (fora do Primeiro Mundo) que consegue fabricar e vender seus produtos com qualidade. A maioria dos países latinoamericanos, por exemplo, não fabrica nada, apenas importa. E a China fabrica, mas pensando apenas em altos volumes. Para nós, franceses, há uma identificação melhor com os empresários brasileiros, que querem produzir e ter lucro. Isso é ótimo. Nenhuma empresa sobrevive sem lucro.”

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