Em mais uma demonstração de força, a rede americana BestBuy fechou acordo com a HP e a Toshiba para lançar notebooks com a marca “Blue Label”. Desde a semana passada, dois modelos top de linha, cada um fornecido por um fabricante, está à venda em lojas selecionadas da rede (que tem mais de 800 pontos espalhados pelos EUA, Canadá e Europa).

O que está por trás dessa idéia, sem dúvida ousada, não é apenas o fato de que a BestBuy praticamente impõe suas vontades aos fabricantes – isso já se sabia. A rede varejista não queria mais aceitar a enorme quantidade de promotores de cada fabricante batendo ponto em suas lojas e abordando os clientes, às vezes até de modo, digamos, agressivo.

Este, aliás, é um problema recorrente do varejo: todo fabricante quer colocar o maior número possível de promotores nos pontos de venda mais concorridos; e quer afastar dali os promotores dos concorrentes.

A BestBuy resolveu o problema – se é que se pode afirmar isso – decidindo ela própria o que cada fabricante deve lançar. Os novos notebooks foram desenhados, segundo a empresa, a partir de estudos feitos com os clientes. Estes querem aparelhos mais leves e finos, mas ao mesmo tempo com telas maiores (como isso é possível, ninguém sabe informar).

Querem também notebooks com teclado iluminado, baterias de maior duração (óbvio) e garantias mais longas. Só faltou dizer que eles querem também preços mais baixos. Assim, até eu.

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