Ainda sobre o evento da Philips em Portugal, me chamou a atenção uma pesquisa divulgada pelo vice-presidente da área de displays da empresa, Nils Leseberg (foto), segundo ele feita em vários países junto a usuários de TV. O executivo diz que boa parte das decisões recentes da Philips baseou-se nesses dados. Analisem.
O público que compra e utiliza televisores é composto de homens na faixa entre 25 e 49 anos, casados e com famílias pequenas, mas cuja decisão de compra é sempre endossada pela esposa. São ainda pessoas que costumam receber visitas e apreciam um ambiente doméstico agradável – o que inclui, naturalmente, móveis, iluminação, ar-condicionado etc. Assistem a DVDs pelo menos uma vez por semana e vão ao cinema no mínimo uma vez ao mês. Também são freqüentadores habituais da internet e gostam de videogames.
Para esse público, os dois fatores mais importantes na escolha de um TV são a qualidade de imagem e o tamanho da tela. Em muitos casos, me disse Leseberg, o segundo aspecto é ainda mais decisivo: as pessoas confundem tela grande com imagem boa. Dos entrevistados, 90% possuem um TV de 29″ ou maior, mas 40% ainda não fizeram a transição do analógico para o digital. E é exatamente nesses 40% que a Philips – e, claro, todos os demais fabricantes – está de olho. São consumidores que estão trocando seus velhos TVs de tubo por plasmas e principalmente LCDs, e vão fazê-lo num ritmo cada vez maior daqui para frente.
“É por tudo isso que estamos enfatizando tanto a questão dos novos TVs e os benefícios que oferecem”, explica Leseberg. “Sabemos como isso é importante para o consumidor. Ele está acostumado a ver imagens grandes no cinema e valoriza esse aspecto. Agora, com o TV 21:9, vai poder recriar em casa essa experiência”.
Claro que não é bem assim. Pouca gente terá acesso, de imediato, a esse TV de tela retangular, cujo preço ainda não foi divulgado – mas com certeza não será barato. Mas, sem dúvida, é um começo.
Para quem ainda não viu, este é um vídeo que fizemos com o novo TV.
