O repórter David Friedlander, do Estadão, deu um furo neste domingo, com a notícia de que está em preparação um plano para salvar a Gradiente. Um plano do governo federal. Segundo a reportagem, a idéia arquitetada pelo dono da empresa, Eugenio Staub, e aprovada pelo presidente Lula, é juntar dinheiro do BNDES, dos fundos de pensão da Petrobrás e da Caixa Econômica Federal e do governo do Amazonas, que tem interesse em reativar as duas fábricas que a Gradiente mantém na Zona Franca. 

Pelo plano, seria criada uma nova empresa que assumiria a marca Gradiente. A vantagem dessa solução é que a nova empresa não herdaria a dívida, acumulada em cerca de R$ 300 milhões e hoje impagável. Também participa das negociações o Bradesco, um dos credores dessa dívida. Aliás, para que tudo dê certo ainda falta a concordância exatamente dos credores, que precisam aceitar um desconto nos valores a receber. Staub já teria conseguido adesão de 80% deles, mas isso não é suficiente: todos têm que concordar. O financiamento do BNDES só sai se a dívida for paga. Também está no negócio a empresa americana Jabil, que produz componentes eletrônicos.

A nova empresa já tem até nome: CBTD (Companha Brasileira de Tecnologia Digital). Já recebeu autorização da Suframa e só aguarda a definição das negociações para começar a operar, fabricando TVs, DVD players, equipamentos de home theater e até notebooks! Será uma solução? Ou um problema?

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