A propósito da discussão sobre pagar ou não pagar pelos conteúdos que se acessam na internet, que comentei aqui dias atrás, vejam esta pesquisa recém-divulgada pela empresa americana Strategic Analytics: até o final deste ano, a receita proveniente dos vídeos transmitidos pela web (e pagos) será de US$ 3,8 bilhões. Enquanto isso, o faturamento dos sites que exibem vídeos de graça (e que se sustentam apenas com publicidade) atingirá US$ 3,5 bilhões. Ou seja, ganha mais quem cobra – pelo menos no mercado americano – do que quem oferece gratuitamente.

Bem, como toda pesquisa, esta tem que ser analisada com cuidado. Sites como YouTube e Hulu, que exibem conteúdos gratuitos, continuam sendo os de maior audiência. Mas, com a crise, está cada vez mais difícil sustentar-se apenas com publicidade, cujas verbas vêm sendo reduzidas. Por isso, tendem a aumentar sua receita sites como iTunes, Netflix e XBox Live, onde se paga para baixar músicas e vídeos. É o que indica a pesquisa para os próximos anos: todo o setor de vídeos online (que inclui downloads pagos e gratuitos, aluguel de filmes e assinaturas diversas) irá crescer, em média, 38% até 2012. Com um detalhe: a receita dos sites pagos terá crescimento de 39%, enquanto a dos sites “free” ficará em 37%.

Faz sentido.

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