E Steve Jobs mais uma vez conseguiu! Está nas manchetes de todos os grandes jornais de hoje (e nos principais sites desde ontem) com sua nova criação: o iPhone 4. As descrições sobre o aparelho, mais uma vez, são de dar água na boca, como vem se tornando tradição nos lançamentos da Apple. Trata-se, sim, de um belíssimo upgrade sobre o iPhone anterior, que já é um excelente aparelho. Agora, vem com duas câmeras de 5 megapixels (com flash), dois microfones, gravador HD (resolução de 720p), o mesmo processador do iPad e um design mais fino, que inclui a possibilidade de colocar o smartphone em pé para fazer, por exemplo, videoconferências. Ah! E resolve aquela que para mim é a maior falha do projeto: a configuração multitarefas. Alguém duvida que vai ser outro sucesso?

Até aí, nenhuma novidade. O que me chamou atenção foi a postura de mr. Jobs em seu discurso. Como bem lembrou o site CNet, ele parece “na defensiva” diante dos ataques da Google, Microsoft e outros concorrentes. Praticamente implorou à platéia presente – em sua maioria desenvolvedores de aplicativos Apple – para não abandonarem o barco, apesar de todas as tentações. “Estamos chegando a 100 milhões de aparelhos vendidos com nosso sistema operacional”, alertou, incluindo na conta iPods, iPhones e iPads.

Embora a comunidade Apple esteja firme e mais fiel do que nunca, Jobs sabe que o mercado mundial está em expansão, principalmente nos países emergentes, e não quer deixar essa parte do bolo para outros. Com o forte apelo do Google, esse risco existe, de verdade. Principalmente pela questão do código aberto. As recentes críticas de Jobs aos programa Flash e o veto da Apple a alguns aplicativos pegaram mal… Para combater esses desafios, não basta mais ter os melhores produtos, coisa que a Apple já conquistou. É preciso que cada lançamento seja inovador e mostre aos aos desenvolvedores a possibilidade de ganhar dinheiro. “Temos duas vezes e meia mais mercado do que o Android”, disse Jobs, em meio a uma profusão de números sobre vendas, market-share etc.

O quê? Android? O simples fato de citar um concorrente – que eu me lembre, é a primeira vez – já mostra que nem mesmo o todo-poderoso Steve Jobs pode dormir sossegado nesse mundo.

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