Faz tempo que não comentamos aqui a questão da banda larga. O PNBL, lançado pelo governo como um nirvana para todos os problemas do País, continua onde sempre esteve, ou seja, na cabeça de alguns amigos do poder. E a Telebrás versão 2010, se é que está trabalhando, o faz tão discretamente que ninguém percebe.

Enquanto isso, vejam a notícia que chega dos EUA: o presidente Obama acaba de assinar o chamado Recovery Act, uma lei que prevê investimentos de US$ 1 bilhão em obras de infraestrutura para permitir o uso de banda larga em órgãos públicos. O projeto inclui escolas, bibliotecas, museus e repartições governamentais em todo o País, que receberão computadores, conexões rápidas e treinamento para usar essa infra. Desse total, US$ 200 milhões virão de recursos privados. O cálculo é que serão criados cerca de 5  mil novos empregos diretos a partir daí. É pouco? Sem dúvida. Mas a administração Obama parte do princípio de que banda larga é como eletricidade, ou telefone, ou estrada, isto é, um instrumento essencial para promover o desenvolvimento. Milhões de outros postos de trabalho certamente surgirão daí.

Junto com a nova proposta – que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso – Obama endossou um plano da área de telecomunicações para liberar 500 megahertz do espectro de freqüências, que seriam dedicados às redes de banda larga. Ao divulgar essas decisões, a Casa Branca citou um relatório do Conselho Econômico que assessora o presidente, em que o aumento da oferta de banda larga é apontado como “essencial” no projeto de criação de empregos (a taxa de desemprego em junho ficou em 9,5% – uma das mais altas em toda a História do país).

É isso. Cada país tem a banda larga (e o presidente) que merece.

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