A mais recente pesquisa da consultoria GfK, divulgada hoje em São Paulo, fornece novos números sobre a evolução do mercado brasileiro (e também mundial) de TVs. A empresa, de origem alemã, atua em vários países e seus dados são úteis para comparar tendências. Você fazia ideia, por exemplo, de que a região Nordeste é hoje a que mais cresce nas vendas de TVs de tela fina (plasma e LCD)? Sim, no primeiro semestre de 2010, os nordestinos representavam apenas 1% de todo esse bolo; em 2011, saltaram para 4,8%.

O levantamento mostra ainda que os chamados web TVs caminham rapidamente para se tornarem maioria. Entre janeiro e junho, 17% dos aparelhos vendidos no país eram desse tipo (já ouvi no mercado números mais altos). Por sua vez, os TVs 3D ainda representam apenas 4% das vendas, o que a meu ver é absolutamente natural. Há uma certa ansiedade – e não só no Brasil – pela popularização do 3D, que vai contra toda a história da indústria. Nenhuma tecnologia sofisticada conquistou hegemonia em tão pouco tempo (os TVs 3D têm pouco mais de um ano de vida). E ainda vai levar um bom tempo até que o usuário médio perceba a vantagem de colocar os tais óculos.

Já o caso dos TVs com acesso à web é bem diferente. No Japão, diz a GfK, 50% dos aparelhos vendidos são dessa categoria; aqui, podemos estimar que até início de 2012 estaremos na mesma proporção. Ao ver uma demonstração desses TVs, qualquer consumidor sente-se atraído pela enorme quantidade de conteúdos disponíveis – e sem necessidade de qualquer conexão complicada. Se no passado havia dúvidas quanto ao fato das pessoas trazerem o computador para a sala, a tecnologia se encarregou de resolver a questão: o computador veio para dentro do TV.

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