Brincadeira que ouvi no estande da Sony aqui na IFA: se todos os celulares com sistema operacional Android que estão sendo apresentados este ano forem ligados ao mesmo tempo, não haverá rede que dê conta! Bem, nem precisaríamos ir tão longe: hoje, com qualquer sistema operacional, trabalhar num evento desse porte já é um desafio. Como já tínhamos visto nos dois últimos anos, a disponibilidade de conexões no evento, inclusive dentro da sala de imprensa (que teoricamente estaria melhor equipada), foi – para dizer o mínimo – precária.

O problema acontece também na CES e, já me disseram, até na MWC, feira e congresso de telefonia móvel de Barcelona! Parece inevitável. Quanto maior a concentração de usuários, piores as condições de comunicação, por mais que os organizadores digam que estão melhorando a infraestrutura. É também o que estamos vendo no Brasil como um todo, com a quantidade de celulares vendidos, e linhas sendo liberadas, sem base para tanto. Parece que as pessoas gostam de ser enganadas…

Mas, voltando à IFA, o comentário que ouvi surgiu a respeito da opção feita pela Sony, que decidiu brigar pra valer no território dos smartphones e tablets, adotando a marca Xperia como sua principal bandeira; na foto, o presidente do grupo, Kazuo Hirai, apresenta os três primeiros modelos. Aqui em Berlim, estrearam os novos modelos (confiram neste vídeo) que, além do Android 4.0 (também conhecido como ICS – Ice Cream Sandwich), já são compatíveis com redes 4G e trazem um diferencial que pode ser importante: a tecnologia NFC (Near-field Communication), base dos equipamentos com identificação via código de barras. É um passo para que, no futuro, os aparelhos sejam usados para pagamento móvel, uma evolução natural das tecnologias sem fio – mas que ainda causa arrepios nos especialistas em segurança.

Enquanto não acontece a regulamentação desses serviços, o smartphone Xperia T, top de linha da Sony, terá outra utilidade: o recurso NFC permite transferir conteúdos para fones de ouvido, receivers e caixas acústicas compatíveis. Ou seja, as músicas gravadas no celular poderão ser ouvidas em outros aparelhos. Será interessante fazer esse teste, assim que o produto chegar ao mercado brasileiro.

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