Como em outros países, o setor de tecnologia no Brasil se divide: parte é a favor de maior regulação sobre as empresas de internet, parte é contra. Alguns, radicalmente. Documento divulgado na semana passada pela Abinee defende que os chamados serviços OTT continuem desregulamentados, estimulando o crescimento da chamada “economia digital”. Como se sabe, instituir regras sobre empresas como Google, Netflix, Facebook etc. é uma reivindicação das operadoras de telecom e TV por assinatura, inclusive com ações junto ao Congresso e ao governo para obter isonomia tributária.

Quem está com a razão? Essa discussão, que ainda vai longe, é oportuna diante da crise econômica, em que todo mundo busca preços mais baixos (um dos trunfos dos serviços OTT). Durante a CES, no início do mês, a Netflix anunciou sua expansão global para mais de 190 países (hoje está em 60), tendo como modelo justamente o Brasil. O site Tela Viva detalhou o anúncio. Bate com a notícia do colunista do UOL, Ricardo Feltrin, de que o serviço já fatura mais no país do que o SBT, segunda emissora de TV aberta.

Aliás, o presidente da Netflix, Reed Hastings, chegou a dizer que está nascendo uma nova rede global de TV pela internet. “Você não precisa mais ver anúncios entre os programas”, proclamou, ideia que certamente causa desespero no meio publicitário.

E, então, Netflix é a solução? Vamos regulamentar ou desregulamentar? De que lado você está?

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