O lançamento da TV QD-OLED Samsung, agora também em 77 polegadas (vejam os detalhes), não foi a única novidade do ano na tecnologia de leds orgânicos. No início deste mês, o bem informado site coreano The Elec, citando fontes internas das indústrias, revelou que os próximos iPhones virão com tela OLED do tipo MicroLens (MLA), uma inovação tida como “revolucionária” por alguns especialistas.

Essa tecnologia foi anunciada na CES, em janeiro, mas sem muito alarde. Ao longo do ano, saíram na Europa e EUA TVs de duas marcas (Panasonic e Philips) com esse tipo de painel; e a LG, que fornece os painéis para ambas, não quis confirmar se já estava usando a novidade em suas próprias TVs OLED (não há referência a respeito nas especificações dos modelos 2023). De qualquer modo, está claro que MLA é uma tecnologia que veio para ficar.

 

 

A sigla significa MicroLens Array, definindo um novo tipo de revestimento dos leds que, segundo vários pesquisadores, eleva em muito a luminosidade da tela, algo que vinha sendo apontado como “deficiência” dos modelos anteriores quando comparados com telas MiniLED. São milhões de lentes microscópicas aplicadas sobre cada diodo orgânico, no formato definido como dragonfly, palavra em inglês para o inseto chamado libélula (vejam ao lado). O desenho dos leds imita as asas do bichinho. Além disso, o processamento dos leds é diferente, utilizando um algoritmo chamado Brightness Booster Max.

Tecnicamente, o resultado na tela é uma imagem tão clara e brilhante que pode ser bem visualizada até em salas muito iluminadas (este vídeo mostra o processo). Até agora, para conseguir algo similar com os painéis OLED era necessário aumentar muito a carga elétrica sobre os leds, o que, além de consumir mais energia, provoca maior aquecimento, desgaste e risco de “apagar” os diodos. É bom lembrar que a tendência do mercado mundial é o uso crescente do processamento HDR (e suas variantes), e isso requer – na verdade, exige – maiores quantidades de luz.

O site inglês Trusted Reviews, especialista em testes de produtos eletrônicos, cravou que o modelo LG OLED evo G3 (4K, 77″) possui 42,4 bilhões de microlentes, com aproximadamente 5.117 delas para cada pixel. Medida em laboratório, a luminosidade atingiu a marca de 1.700 nits, quase o dobro de uma OLED lançada no ano passado.

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