Vinicius Barbosa Lima me copia um interessante artigo publicado no site IT Web, falando sobre a chamada geração “Y”. São considerados assim os jovens entre 21 e 30 anos, que agora começam a ocupar posições de destaque nas empresas. Citando várias fontes confiáveis, o texto procura enquadrar essa turma num perfil de comportamento que, sinceramente, não sei até que ponto confere com a realidade brasileira.
Bem, deixo aí o artigo para todos refletirem a respeito. Dá o que pensar a respeito das relações entre as novas e “velhas” gerações, principalmente quando se trata do uso da tecnologia e das formas de adaptação a esse novo mundo tecnológico. Claro, os jovens são muito mais abertos e têm mais facilidade de se ajustarem, e nisso levam enorme vantagem em relação ao que fizeram, digamos, seus pais ou irmãos mais velhos. Mas isso não conta toda a história.
Num país com um enorme gap educacional, considero uma temeridade uma empresa abrir mão de talentos experientes (e quase sempre com melhor formação cultural) para dar espaço a jovens que, muitas vezes, se formaram em colégios e faculdades deficientes. Por acaso, conversando com um amigo engenheiro neste fim de semana, ele se queixava da dificuldade em encontrar novos profissionais na sua área (construção civil) com capacidade para levar à frente projetos um pouco mais complexos. Já ouvi a mesma caixa em vários setores de atividade.
Questionar e ousar são, claro, grandes qualidades do ser humano, que devem sempre ser estimuladas. Bem diferente é querer “derrubar todas as estruturas vigentes”, como às vezes parecem defender alguns. Esse raciocínio cheira a mofo. Tinha certo sentido nos anos 60/70, quando se lutava contra opressões e preconceitos de vários tipos. Hoje, na era da internet, as palavras de ordem deveriam ser “colaboração”, “solidariedade” e – para usar um termo comum entre os jovens – “compartilhamento”. Independente da idade.