Não é novidade que a proteção do meio ambiente está longe de ser prioridade no Brasil – tanto do governo quanto da maioria das empresas. Daí por que é interessante compartilhar certas notícias que nos chegam e que mostram um caminho a seguir. Ontem, enquanto o competente André Trigueiro mostrava no Jornal Nacional que não chega a 10 o número de cidades brasileiras que fizeram projeto para tratar seu lixo com verbas cedidas pelo governo federal, encontrei num blog americano dedicado ao tema esta nota: três mil municípios competem em batalha para cortar o desperdício de água e de energia!!!

Sim, você leu certo. Nos EUA, a EPA (Environmental Protection Agency), equivalente ao nosso pobre e politizado Ibama, está organizando, pelo terceiro ano consecutivo, um concurso entre administradores de edifícios de todo o país. No ano passado, foram 245 competidores; este ano são 3.200. O desafio para todos é ver quem consegue reduzir mais o seu consumo de água e energia ao longo de doze meses. São aceitos apenas edifícios comerciais (aqueles que mais consomem), e há representantes de todos os 50 estados americanos, mais Porto Rico e Ilhas Virgens.

Funciona da seguinte forma: cada administrador apresenta seu relatório de consumo, com base num software fornecido pela EPA, explicando o que foi feito para reduzir e qual foi a redução; os dados são confrontados com os das respectivas fornecedoras de água e energia. Quem comprovar que economizou mais, em dinheiro, recebe um prêmio (também em dinheiro) da Agência. O “campeonato” é acompanhado ao longo de todo o ano via Twitter e pelo site da EPA, além da divulgação que os próprios participantes fazem (mais detalhes aqui).

Segundo Lisa Jackson, diretora da EPA, em 2011 os 245 edifícios inscritos somaram US$ 5,2 milhões em economia nas respectivas contas de água e energia, além de terem contribuído para reduzir em 30 mil toneladas a emissão de dióxido de carbono. A campeã foi a Universidade Central Florida, que conseguiu reduzir em 63% a sua conta de energia. Espera-se que esses números sejam superados agora. “O melhor”, diz dona Lisa, “é que as ideias de cada um são compartilhadas para que todos possam utilizá-las na sua vida diária”.

 

 

2 thoughts on “Sustentabilidade: quem se importa?

  1. Só uma correção no texto: “não chega a 10% o número de municípios…”.

  2. Olá Thiago, infelizmente o número é 10 mesmo, não 10%. Foram oito as cidades que se manifestaram. Abs. orlando

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