Todo mundo que tem mais de 30 anos deve se lembrar: na virada do século, uma grande explosão varreu do mapa centenas de empresas que haviam construído sua reputação sobre a internet. Foi o que se convencionou chamar de “bolha”, um fenômeno da economia globalizada. Passados alguns anos, com o negócio de web um pouco melhor compreendido (mas não muito), a expansão de empresas como Google, eBay, Amazon e Facebook deu a entender que aquela fase havia sido superada. Muita gente acreditou, e apostou suas fichas nessas e em outras emergentes, inclusive aqui no Brasil. Agora, parece, o mercado está cobrando a conta.

Nos últimos meses, na esteira da crise econômica internacional, começaram a surgir aqui e ali sinais de que os impérios criados dentro do mundo virtual não eram tão sólidos como seus executivos queriam fazer crer. Esta semana, o ritmo dos comentários aumentou com a velocidade dos cliques: o valor das ações do Facebook – que realizou sua bilionária abertura de capital há poucos meses – despencou, levando boa parte dos acionistas a procurarem se desfazer dos papeis. Nesta segunda-feira, confirmou-se uma deserção simbólica: Peter Thiel, primeiro grande investidor na empresa criada por Mark Zuckerberg (e, portanto, responsável direto pela sua existência), avisou que está se livrando de sua parte no negócio.

Na semana passada, tinha sido a vez da Groupon, badalada empresa de comércio eletrônico que lançou a moda das compras em grupo. Depois de várias denúncias de fraude, inclusive na filial brasileira, os principais donos das ações decidiram que não estavam tendo o retorno esperado e começaram a pular fora, abrindo um rombo calculado em US$ 10 bilhões, segundo The Wall Street Journal.

Como costuma acontecer nessas horas, o mercado de ações como um todo entrou em pânico. Nos agitados corredores da Bolsa Nasdaq, que reúne as empresas de tecnologia, e nos últimos tempos só vem tendo boas notícias da Apple, todos no momento só pensam naquilo: estaremos entrando numa nova bolha?

Este vídeo mostra a crueldade do capitalismo, ainda que em sua versão virtual: já há gente pedindo a cabeça de ninguém menos do que o próprio Zuckerberg, aquele garoto que meses atrás era saudado como o mais jovem bilionário da história. Dizem que ele, como já fizera ao montar a empresa, enganou todo mundo. E querem que pague por isso.

Vamos ver agora o que dizem seus milhões de amigos!!!

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