compressionEssa é, com certeza, uma das polêmicas mais antigas do mercado. Desde que o áudio analógico foi atropelado pelo digital, a partir dos anos 1990, discute-se até que ponto essa inovação estaria ‘destruindo’ a música. Foi nessa época que a maior parte dos usuários passou a trocar seus velhos toca-discos de vinil pelos CD players, de mesa ou portáteis. Com o advento do MP3, já na década passada, a discussão parece ter perdido o sentido, por um motivo muito simples: não leva a nada, pois o tal do “mercado” já decidiu.

Bem, a explicação é simplista. O revival do vinil nos últimos anos, por si só, é prova de que nada foi destruído, ao contrário, tudo pode ser recuperado, e até melhorado. A edição de junho da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL, que está chegando às bancas e livrarias e às casas dos assinantes, traz uma interessante reportagem a respeito. Para atender a um público que não se contenta com a (má) qualidade das gravações em MP3, alguns fabricantes começaram a desenvolver soluções que tentam preservar o melhor dos dois mundos – digital e analógico. E o ponto de partida é o surgimento de formatos de gravação mais avançados: ALAC (Apple Lossless Audio Codec) e FLAC (Free Lossless Audio Codec). O primeiro, claro, é exclusivo dos aparelhos Apple, mas o segundo vai se disseminando aos poucos em várias plataformas.

Basicamente, ambos são softwares de compressão do sinal de áudio, aperfeiçoados para impedir as perdas na gravação original, uma característica intrínseca ao MP3, WMA e demais formatos de música digital. Nestes, para produzir arquivos de pequeno tamanho, o software elimina as chamadas frequências inaudíveis e/ou redundantes – tipicamente, são aquelas localizadas nos extremos do espectro sonoro, subgraves (entre 30 e 60Hz, aproximadamente) e agudos mais altos (acima de 10kHz). O problema ocorre quando o software, por qualquer motivo, “foge do ponto” e elimina sons que, sim, seriam captados por ouvidos mais atentos. Na indústria de massa, isso acaba virando um mero detalhe e a gravação se espalha pelos sites de compartilhamento, legais ou ilegais. Ao mesmo tempo, players de má qualidade, e por isso mesmo baratos, são usados por milhões de pessoas para reproduzir esses arquivos.

Com FLAC e ALAC, a indústria tenta preservar (ou resgatar) o que existe de boa qualidade no universo musical, bem longe dos sons descartáveis que estão em toda parte. Faltava saber se haveria público para isso, e agora parece que há, e muito. Fabricantes de equipamentos high-end estão se esmerando na produção de aparelhos com DACs (Conversores digital/analógicos) de bom desempenho, já que o processo de conversão é crucial na preservação do sinal. São marcas como Oppo, Bryston, NAD, NuForce, Olive, Cary Audio, Mark Levinson, Cambridge, Ayre e Meridian, entre outras (as assinaladas têm distribuição no Brasil), cuja proposta é atingir o segmento high-end.

O DCA pode estar embutido no player, no processador, ou pode ser um aparelho à parte, integrado ao sistema. Importante é que execute seu trabalho de forma adequada. Se a gravação original for de boa qualidade, a reprodução também será (claro, considerando também o uso de bons amplificadores e caixas acústicas, ou fones de ouvido).

Enfim, nem tudo está perdido: os bons ouvintes podem voltar a apreciar música de verdade, não descartável, mesmo que seja no computador.

1 thought on “Som digital pode ser high-end?

  1. Desde quando existe musica digital e imagem digital? em que planeta pode existir tal aberração da natureza? Obviamente em nenhum, pois a transformação de um sinal elétrico periódico (continuo) em bits ou nível de tensão entre o zero e acima de um sofre por mais perfeito e poderosa que seja a tecnologia A/D ( Analógico para digital) e vice versa, jamais vai restituir as harmônicas de ordem impar do sinal original o que tira toda o sonoridade natural ou tibre peculiar de cada nota musical. A moeda de troca é muito alta, para se ter uma idéia o horrível mp3 só transforma para o sinal natural analógico apenas 10% do que era a fonte original analógica, ou o espectro de audio. O cd apenas 30% o dvd em 35% o melhor é o SACD com 40% abaixo de uma fita cassete de qualidade entre 45 a 55% do espectro de audio. O melhor formato de mídia hoje principalmente para a reprodução HI-End é o imbatível vinil e o gravador de rolo com 70% do espectro de audio os 30% são perdidos na moeda de troca da parafernália eletrônica. Agora se vc é exigente e quer 100% do espectro, então em primeiro lugar procure fazer uma audiometria para saber e sentir que seu sistema auditivo está 100% para tal evento. Ou seja, vc deverá ter pares de ouvidos de maestro com a gama de resposta entre 20Hz a 20KHz da banda passante para o espectro de audio além do ambiente acústico ser perfeito e uma orquestra sinfônica de alto nível. Portanto, para quem não sabe ouvir e enxergar o mp3 resolve e uma tv de lcd também.

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