Não é novidade que tablets e smartphones são usados para controlar inúmeros aparelhos. Quase todos os sistemas de automação, por exemplo, já trazem um aplicativo para iOS ou Android com essa finalidade: dispensam-se os controles remotos convencionais e passa-se a usar apenas iPhone ou iPad (ou seus equivalentes). Como esses aparelhos estão se tornando onipresentes, resolve-se assim o velho problema de ter vários controles na casa.

O mérito, mais uma vez, é da Apple, que ao criar o conceito de aplicativos (apps) deu ao mundo mais um segmento (bilionário) de mercado. As estatísticas oficiais dizem que já são mais de 300 mil apps para iPhone, sendo que um terço deles têm suas versões para iPad. No mundo do Android, os números são mais baixos, mas ainda assim na casa das dezenas de milhares. E crescendo. Os apps passaram a ser adotados por toda a indústria eletrônica e, consequência natural, por praticamente todos os setores da economia mundial. Geraram até um novo tipo de profissional, o desenvolvedor, cada vez mais requisitado e valorizado.

Nada mais natural, portanto, do que esta notícia: “Apple registra patente para transformar iPhone em controle remoto universal”. Foi na última quinta-feira. A empresa da maçã obteve a patente No. 8.519.820, concedida pelo U.S. Patent and Trademark Office (correspondente ao nosso INPI), para o que foi definido como “sistemas e métodos para salvar e restaurar cenas num sistema multimídia”.

Segundo o site Apple Insider, a descrição técnica da patente é a de um controle remoto capaz de se conectar, via software, não apenas com aparelhos de áudio e vídeo, mas com todos os dispositivos que possam ser acionados sem fio. É o caso de luzes, cortinas elétricas, ar condicionado, alarmes e um praticamente infinito etc. A palavra “cena”, no caso, se refere à possibilidade do software ser autoconfigurável, detectando sinais emitidos por outros aparelhos e salvando essas informações numa memória interna. Exemplo citado pelo site: o nível de volume de um amplificador é identificado pelo software como uma “cena”; se o usuário costuma manter o equipamento naquele volume, o controle armazena esse dado como referência para ajustar automaticamente toda vez que o aparelho for ligado.

O mesmo conceito se aplicaria aos ajustes de intensidade das luzes e do ar condicionado, abertura e fechamento de cortinas. Serviria também para alimentar o software com dados sobre as preferências dos usuários, permitindo oferecer a ele (ela) sugestões para assistir, gravar etc. E, claro, tudo isso viria acomodado num celular, após o download do aplicativo (como mostra o desenho abaixo).

patente apple

4 thoughts on “Controle remoto do futuro

  1. A Apple criou o conceito de aplicativos? Como assim?
    Não achei os dados oficiais, mas até onde é divulgado a Google Play passou a App Store na quantidade de aplicativos e downloads (apesar de faturar menos) e esse número é bem maior que ‘dezenas de milhares’.

  2. Olá Jonas, qual é mesmo seu sobrenome? Leia de novo, por favor. Não está escrito que a Apple tem mais aplicativos, mas que “criou” esse conceito. E dezenas de milhares são para o iPad; para iPhone, já tem mais de 300 mil apps. Orlando

  3. Olá Orlando. Reli e ainda vejo: “… já são mais de 300 mil apps para iPhone, sendo que um terço deles têm suas versões para iPad. No mundo do Android, … na casa das dezenas de milhares.” Ou seja: iPhone >300k, iPad ~100k e Android <100k. Ainda não entendi como a Apple criou o conceito de app. Creio que, mesmo sem ter este nome, os smartphones antigos já tinham aplicativos. A Apple difundiu e criou um meio eficiente e lucrativo de disponibiliza-los.

  4. Entao, vamos la. Um aplicativo na verdade e um software desenhado para determinada aplicacao, dai seu nome. Software existe desde os anos 1960, mas os primeiros apps nasceram na Microsoft, nos 1980, quando surgiu o Windows. O que a Apple fez foi criar uma “industria de apps”, a partir dos fas da marca, que comecaram a desenhar aplicativos especificos para Mac. Quando lancou o IPhone, em 2007, a Apple mobilizou esse pessoal para criar apps de celular usando a tela touch, e ai a coisa explodiu. E todo mundo copiou. O Android veio bem depois. Hoje, todos funcionam igual, mas o iOS tem mais tempo de estrada, por isso esta na frente. O que nao quer dizer que nao possa ser ultrapassado. Mais detalhes estao no meu livro “Os Visionarios”, que vc pode encomendar no site hometheater.com.br. Abs. Orlando (desculpe a falta de acentuacao, estou escrevendo num computador alemao, aqui na IFA).

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