A ABTA 2014 abriu nesta terça-feira sob o impacto de uma notícia-bomba: o grupo espanhol Telefônica fez uma oferta de R$ 20,1 bilhões para assumir o controle da GVT, que pertence aos franceses da Vivendi. Em 2009, esta havia pago valor equivalente para adquirir a pequena operadora fundada no Paraná (na concorrência, venceu a própria Telefônica). O esquema todo foi muito bem explicado pelo consultor Eduardo Tude, do site Teleco, um dos maiores especialistas do país na matéria (leiam aqui).

Para boa parte dos participantes da ABTA 2014, está sendo difícil levar a sério essa oferta da Telefônica. Nos bastidores, o tema é tratado como uma espécie de “blefe”, num momento em que o grupo espanhol se vê diante de altíssimo endividamento. Pode ser também uma dessas notícias jogadas na mídia para “produzir espuma” e deixar confusos os concorrentes.

Já comentamos aqui que o mercado de TV paga, cada vez mais associado ao de internet, tende à concentração. Aposta-se que daqui a dois ou três anos haverá poucos grupos no controle das grandes operadoras, que irão dominar o setor; hoje, as quatro maiores – NET, Sky, Oi e GVT – já detêm 90% dos negócios.

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