ana-carolina2.jpgNão acreditei no texto que li este fim de semana no UOL (Folha Ilustrada) sobre um show da cantora Ana Carolina que, dizem, é hoje a maior vendedora de discos do País. Confesso que não conheço muito seu trabalho, mas isso não importa. O relato do repórter que assistiu ao show me basta para classificá-la como lixo cultural – e que me perdoem seus fãs que porventura leiam isto.

Tive o privilégio de assistir ao vivo artistas como Elis Regina, Chico Buarque, Gal Costa, Miles Davis, B.B.King e outros que dispensam elogios. E nunca os vi precisando apelar para baixarias como as descritas na reportagem. A pretexto de exercitar uma pretensa independência musical e sexual, Ana Carolina – e infelizmente é preciso reconhecer que outros artistas endeusados pela mídia fazem parecido – desfila canções recheadas de palavrões e provocações baratas, para delírio de uma platéia que nunca deve ter ouvido uma cantora de verdade.

Desculpem, não consigo me conformar quando chamam isso de “arte”. Para mim, é pura enganação.

Orlando Barrozo é jornalista especializado em tecnologia desde 1982. Foi editor de publicações como VIDEO NEWS e AUDIO NEWS, além de colunista do JORNAL DA TARDE (SP). Fundou as revistas VER VIDEO, SPOT, AUDITÓRIO&CIA, BUSINESS TECH e AUDIO PLUS. Atualmente, dirige o site HT & CASA DIGITAL. Gosta também de dar seus palpites em assuntos como política, economia, esportes e artes em geral.

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