Nesta 4a. feira, o IDG Now fez um excelente levantamento fotográfico sobre a história do Walkman, uma das mais fantásticas invenções da indústria eletrônica, que acaba de completar 30 anos de existência. Foi no primeiro dia de julho de 1979 que os players portáteis da Sony chegaram às lojas, gerando entre os consumidores uma febre que só seria superada mais de vinte anos depois pelo iPod.

walkmanA propósito da data, a agência de notícias Associated Press pesquisou que, nestes trinta anos, a Sony vendeu 385 milhões de players Walkman, em suas diversas versões (a da foto era a que eu tinha em 1986, a primeira com CD player incluído) – uma média de 13 milhões de unidades por ano, ou pouco mais de 1 milhão por mês. Para comparação, a agência revela que o iPod, lançado em 2001, já vendeu 210 milhões de unidades (média de 26 milhões por mês, ou seja, o dobro do Walkman). Claro, esse tipo de estatística não passa de mera curiosidade. Mas dá uma idéia do mercado que a Sony deixou passar quando, no início desta década, insistiu em produzir players portáteis que não tocavam arquivos MP3 (somente gravações em seu formato patenteado ATRAC). Como se sabe, o ATRAC sumiu do mapa e a Apple tomou conta do mercado.

Uma exposição aberta em Nova York esta semana para comemorar o aniversário do Walkman mostra um vídeo do velho Akio Morita, fundador da Sony, dizendo aos seus funcionários: “Precisamos criar outros produtos como o Walkman”. Morita morreu em 1999, sem ter tempo de ver um novo fenômeno como o Walkman, muito menos a avalanche do iPod. Mesmo tendo aderido mais tarde ao MP3, a Sony não conseguiu sequer chegar perto da Apple (o atual presidente, Howard Stringer, trocou todos os seus executivos e deu-lhes a missão de encontrar uma saída). Quem resumiu bem a situação foi o porta-voz da empresa, Yuki Kobayashi: “O Walkman foi um marco para a indústria, só espero que não se transforme num mero pedaço de história”.

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