kindleJá comentei aqui algumas vezes sobre meu entusiasmo em relação aos leitores eletrônicos, aqueles aparelhinhos que permitem armazenar centenas de livros. A Sony os chama de e-readers, enquanto a Amazon criou o nome comercial Kindle e está se dando muito bem, obrigado. Outros fabricantes, entre eles a coreana Samsung e a taiwanesa Acer, prometem entrar nessa briga em breve. Não tenho dúvidas de que será um dos grandes mercados nos próximos anos.

Agora, meu amigo Julio Cohen me envia, entusiasmado, a notícia de que o Kindle está chegando ao Brasil. Isso mesmo: a Amazon confirmou nesta terça-feira que mais de 100 países serão “premiados” com esse lançamento. A partir do dia 19, o Kindle poderá ser adquirido oficialmente fora dos EUA, por um valor equivalente a 279 dólares. Claro, no caso do Brasil, acrescente aí a bagatela de impostos que o governo nos empurra goela abaixo, mas essa é outra história.

Com essa decisão (que eu diria histórica), a Amazon quer mostrar duas coisas: aposta mesmo nos leitores eletrônicos e não pretende deixar que a Sony, com a força de sua marca, explore sozinha esse mercado. Até hoje, a Amazon nunca havia lançado um aparelho próprio – afinal, seu negócio é revender produtos fabricados por outros. A mudança revela uma nova estratégia que, se for levada adiante, pode provocar um furacão no mercado de negócios digitais. “Queremos que todos os livros já publicados, em qualquer época e em qualquer idioma, estejam disponíveis através do Kindle”, afirmou o fundador da Amazon, Jeff Bezos, à agência Reuters. “O usuário deve poder fazer o download em não mais do que 60 segundos”.

Vamos torcer para que seja verdade. Enquanto isso, o querido Julio Cohen informa que a Amazon fez acordo com a operadora AT&T, nos EUA, para que qualquer usuário do Kindle possa baixar conteúdos, mesmo estando em outro país, ao custo de US$ 1,99 por obra. E que, no Brasil, já se pode baixar o conteúdo do jornal O Globo dessa forma. Alguma operadora brasileira deve estar na jogada.

2 thoughts on “Kindle chega até nós

  1. Oi Orlando,

    A AT&T tem acordos de roaming com todas as operadoras brasileiras, exceto a Sercomtel (de Londrina) e CTBC. Portanto o acesso será feito através delas.

    A respeito da taxa de US$ 0,99, não está bem claro se vai ser cobrada para tudo. O site diz que a taxa será cobrada, por megabyte, de arquivos pessoais enviados sem fio para o Kindle (via USB é de graça). E, em outro site, dizem que os downloads para clientes americanos que estiverem em roeaming vão custar US$ 0,99.

    Quem quiser dar uma olhada no manual em português do Kindle 2 Internacional, aqui está o link:

    https://kindle.s3.amazonaws.com/Kindle%20User%E2%80%99s%20Guide%2C%202nd%20Ed.-%20Portuguese%28Brazil%29.pdf

    Abs

    Julio

  2. Atualizando… não haverão taxas mesmo, o que melhor ainda.

    “For non-U.S. customers, there are also no additional charges for wireless delivery outside your home country” (no caso, o Brasil)

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