Mais um símbolo do capitalismo está em dificuldades. E agora parece que a coisa é séria. A Kodak, que meses atrás anunciou o enterro do filme Kodachrome (leia aqui), está sendo forçada a se oferecer no mercado a um possível comprador. A pressão vem de acionistas minoritários, que segundo The Wall Street Journal estão inconformados com a desvalorização da empresa nos últimos anos. Desde 2004, houve apenas um ano (2007) sem prejuízo, a ponto de a respeitada agência de classificação de risco Standard & Poors ter esta semana rebaixado a empresa em seu ranking para investidores. O maior problema é que a Kodak não conseguiu se recuperar das perdas decorrentes da digitalização, que acabou com o filme fotográfico de celulóide, nem criar um novo modelo de negócio na era digital. O atual CEO, Antonio Perez, está sendo pressionado a colocar a empresa à venda antes que as cotações caiam mais ainda.

É isso: o capitalismo é muito bom – mas só quando dá lucro.

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